1. A Comunhão na Corresponsabilidade marca o Plano Pastoral deste segundo ano, no qual continuamos a afirmar que “Jesus Cristo é a Boa Nova para um Mundo Novo”. Como objectivo fundamental, queremos aprofundar – criando ou recriando – grupos de corresponsabilidade nos diversos sectores, em todas as Comunidades. Desde a actividade profética, à litúrgica, à sócio-caritativa, à organizacional e administrativa, importa criar ou recriar grupos de participação, nos quais as pessoas se sintam chamadas a viver, com alegria e dinamismo, a Fé em Jesus Cristo, inseridas na Sua Igreja, de forma activa, consciente, organizada e responsável. Torna-se indispensável, para isto, uma formação alargada e aprofundada, se e quando conveniente, a nível da Zona Pastoral, do Arciprestado ou de várias Paróquias. Deve contemplar a vocação à Fé cristã e à Igreja, a viver e a construir em cada Comunidade, acolhendo e testemunhando o Reino de Deus, como presença de Jesus Cristo, Boa Nova de Salvação integral, não esquecendo o diálogo positivo com a Sociedade humana, nas suas várias dimensões. Uma formação que contemple, também, a missão de anunciar e de revelar a vontade de Deus que, em Jesus e na Igreja, chama todos os homens à dignidade e à felicidade de transformar o mundo, ultrapassando rotinas e tentações, próprias de uma pastoral de manutenção. 2. O Ano Paulino dá-nos o mote e muito do material a utilizar como fonte, conteúdo e método, para realizar o nosso objectivo fundamental deste ano. Partindo do exemplo estimulante de Paulo, enquanto Discípulo-Missionário de Jesus Cristo, somos chamados a criar, nas nossas Comunidades, uma dinâmica carismática, de dons e de ministérios, que sejam autênticos serviços ao crescimento e renovação do Povo de Deus. Em grande parte das nossas Comunidades não é possível ter, diária e habitualmente, um Ministro Ordenado. Então, como viver e celebrar, aí, a Fé em Jesus Cristo Salvador e a Presença da Igreja, como Instituição Sacramental? Nestas e em todas as outras, precisamos de fundamentar o ser cristão e o ser Igreja na Iniciação Cristã, na vivência da Palavra de Deus e na Oração, enquanto diálogo de encontro com Deus e com os irmãos. Iniciados na Vida cristã e na Comunhão eclesial, é o Espírito Santo Quem faz crescer a Comunidade e Quem, através da Eucaristia – semanal, sempre que possível – a rega, a fecunda e a faz viver. Precisamos de dotar as Comunidades de Grupos e Animadores que saibam e queiram utilizar os materiais que a CEP, a Diocese, a Zona Pastoral e o Arciprestado têm para oferecer, no presente Ano Pastoral. 3. Um pequeno Programa do Ano Paulino: – Como meios fundamentais de formação temos a Bíblia (de forma especial as Cartas de S. Paulo) e o livro da CEP – “Um ano a caminhar com S. Paulo”. Será bom que cada Comunidade e cada Grupo aproveite estes apoios, para além de muitos outros disponíveis. A lectio divina e os grupos bíblicos são as propostas que continuam a ser um desafio para todas as comunidades, movimentos e grupos; – Como Igrejas Jubilares, aplicando à nossa diocese o Decreto da Penitenciaria Apostólica sobre o Ano Paulino (10 de Maio de 2008), indicam-se as 2 que, na Diocese, têm S. Paulo como Titular: Paroquial de Lobelhe (Mangualde) e Paroquial de Real (Penalva do Castelo) e, ainda, a nossa Catedral. Nestas 3 Igrejas, receberão Indulgência Jubilar (Plenária) todos os que, cumpridas as condições requeridas, participarem em celebrações evocativas de S. Paulo, em qualquer dia do ano. Igualmente em cada Igreja Matriz de cada Paróquia, nos dias 25 de Janeiro (conversão de S. Paulo) e 28 de Junho (encerramento do Ano Paulino). – Como Celebrações especiais, o Bispo presidirá, na Catedral, à Eucaristia das 18,30h, no dia 25 de Janeiro e a solene concelebração em 28 de Junho, fazendo coincidir o encerramento do Ano Paulino com o do Ano Pastoral. 4. Os Ministros Ordenados somos cada vez menos. Precisamos de cuidar cada vez melhor e amar cada vez mais o nosso serviço concreto e específico, qualificando o nosso testemunho nos diversos actos do nosso ministério. O anúncio permanente da Palavra de Deus, tornado ensino e testemunho com a nossa vida programada e ocupada, deve ser fruto de estudo e meditação permanentes e da vivência feliz da Boa Nova de Jesus. A oração insistente e contínua, pelo e com o Povo de Deus, na forma pessoal, litúrgica e comunitária, deve ver-se como fonte que nos atrai, mais e mais, para a nossa identidade de “homens de Deus” e que nos leva a servir a todos nas “coisas de Deus”. A disponibiliade efectiva para todos os que nos estão confiados e para todos os que nos procuram deve levar-nos a reservar – na agenda, no relógio e no coração – tempos concretos para acolher, orientar e guiar aqueles que buscam ajuda, luz e perdão. A celebração da Eucaristia e de todas as fontes sacramentais de santificação deve ser vista como realização alegre e feliz da nossa entrega a Jesus Cristo que Se dá, por nós a todos, para a todos entregar ao Pai. O estilo de vida próprio deve ser vivido e partilhado com todos, a começar pelos irmãos no Presbitério, tornando visível – nos gestos, nas atitudes, nas palavras e nas obras – uma opção livre, alegre, generosa e consciente que nos configura com Jesus Cristo para a todos amar e servir… Todos estes serviços são momentos do mesmo SIM ao Senhor Jesus Cristo que nos torna Discípulos-Missionários no anúncio do Reino de Deus para a salvação e felicidade de todos os homens. Chamar, formar, acompanhar e enviar outros e outras deve ser grande preocupação do nosso ministério e do nosso serviço ao Povo de Deus. Um grupo de candidatos ao ministério ordenado do Diaconado Permanente começa, neste ano, a sua caminhada de formação, para a diaconia do Reino. Bem vindos! 5. À Senhora e Mãe da Palavra confio este Ano Pastoral 2008-2009, convidando a que aprendamos com Maria a escutar, acolher, meditar, viver e anunciar a Palavra de Deus, deixando que, também através de nós, o Senhor faça maravilhas e o Seu Reino cresça em nós e em todos os que constituem a nossa Diocese de Viseu. VISEU, 1 de Setembro de 2008 Ilídio, Bispo, vosso amigo e irmão