Bispo de Santarém lamenta «recuo moral» numa sociedade sem Deus

D. Manuel Pelino diz que a cultura descrente é um desafio para os cristãos

D. Manuel Pelino, bispo de Santarém, manifestou a sua preocupação perante o “recuo moral que se vai processando na nossa cultura à medida que alastra a indiferença religiosa, o agnosticismo e o ateísmo”.

Num texto divulgado pelo site oficial da diocese, o prelado defende que a “ausência de Deus da vida pública e da consciência das pessoas” deixa o ser humano “sem defesa e o património moral sem alicerce”.

“O que está a acontecer é que a ausência de Deus conduz ao individualismo, à perda de referências e ao desmoronar dos valores morais”, indica.

Para o bispo de Santarém, “a fé em Deus ajuda a liberdade de cada um a ser responsável e a garantir a liberdade e a dignidade dos outros”.

D. Manuel Pelino diz que indiferença e ateísmo são hoje “uma moda fácil” e que a “ausência de Deus conduz à ausência de projecto e de sentido da vida nas crianças, nos jovens e adultos”.

Esta é uma situação que deve levar os crentes, segundo o prelado, a uma “atitude de humildade e diálogo”, procurando “purificar a nossa imagem de Deus”.

“O que muitas vezes recusam os descrentes são as imagens deformadas de Deus que lhes apresentamos ou a incoerência entre a fé que afirmamos e a vida que mostramos. Por isso, a resposta dos crentes ao ateísmo e à indiferença religiosa passa por uma fé mais esclarecida”, precisa.

O bispo de Santarém considera que a “cultura descrente” é  um desafio para os cristãos, que devem anunciar o Evangelho “pelos sinais presentes na vida dos crentes e das comunidades, sobretudo pela bondade, pelo serviço fraterno, pelo perdão e pelo acolhimento”.

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