Bispo de Leiria-Fátima escreve às crianças

Meus caros amiguitos e amiguitas! Uma saudação carinhosa Olá! Chamo-me António Marto. Sou o novo Bispo desta diocese de Leiria-Fátima. Sabem o que é ser Bispo? Eu explico-vos através de uma comparação muito simples e bela. O Bispo é como o Pai de uma grande família formada pelos amigos de Jesus; ou como o bom Pastor que cuida de um rebanho de cordeiros e ovelhas para que tenham bom alimento e nenhum se perca. Compreendem então que o Bispo é aquele que, em nome de Jesus, guia esta grande família, o povo de Deus, nos caminhos da fé e do amor a Jesus e a todos os irmãos. Eis porque venho saudar-vos com muito afecto e carinho. Quero dizer-vos, antes de mais, que o Bispo é muito vosso amigo, vos quer muito bem; e que vocês têm um lugar especial no coração do Bispo, como o têm no coração de Jesus. Porque vos escrevo? Eu gostava de poder estar com cada um de vocês. Nas minhas visitas às paróquias já encontrei muitas crianças. Com o tempo encontrarei muitas mais. Mas até lá resolvi escrever-vos esta carta, sobretudo aos que estão a começar os primeiros anos de catequese. Escrevo-vos a recordar-me quando também eu, há muitos anos, era criança como vocês. Quero falar-vos sobre duas coisas importantes: a catequese e a primeira comunhão. A história mais bela do mundo Também eu andei na catequese. E aí aprendi a conhecer e a escutar Jesus. Não só na catequese: também em casa, com a minha família; na escola com os meus professores e amigos; e na Igreja com o povo de Deus. Hoje estou muito agradecido aos meus pais pelo encanto com que me comunicaram a amizade de Jesus e a Jesus. E como percebi o quanto Jesus me ama, procurei – e procuro todos os dias – responder-lhe o melhor possível. Meus amiguitos e amiguitas, na catequese aprendemos a conhecer a história mais bela do mundo: a história de Jesus, o Filho de Deus feito homem; é a história de Deus que vive e caminha connosco. Conhecer, amar, escutar, responder e seguir a Jesus faz-nos ter uma vida boa, alegre e feliz. Quem é, verdadeiramente, amigo íntimo de Jesus será feliz para toda a vida. Um dia belo da minha vida Recordo também a minha primeira comunhão como um encontro inesquecível com Jesus. Foi um dos dias mais belos da minha vida, como também hoje é o dia da vossa primeira comunhão. Sabem que é um dia grande de festa para cada um, para a família e para a paróquia. O mais importante desse dia não são os vestidos nem os presentes. Mas é Jesus, que quer fazer festa em nós e connosco. Um dia perguntei a um menino de oito anos que se preparava para a primeira comunhão: “O que é para ti comungar?” E ele deu-me esta resposta tão simples e tão bela: “É Jesus ressuscitado e vivo que vem ao meu coração com todo o Seu Amor”. É de facto uma maravilha, um mistério admirável de Jesus ressuscitado querer ficar assim connosco. Ele está realmente presente na hóstia consagrada, no sinal do pão; e dá-se como alimento e força da nossa vida e do nosso amor. É o “Jesus escondido” como tão bem lhe chamava o pequeno Francisco, o pastorinho de Fátima a quem Nossa Senhora apareceu. E quando O comungamos, Ele é hóspede do nosso coração. Quando vou visitar as paróquias, fico encantado ao ver as crianças, com as suas caritas alegres e puras, a comungar durante a celebração da Santa Missa. Mas fico triste quando me dizem que, para alguns, a primeira comunhão é também a última, porque nunca mais vão à Santa Missa. Meus amiguitos e amiguitas, peço-vos que não deixem de ir à Missa do Domingo e comunguem frequentemente para permanecerem na amizade íntima com Jesus. Ele ajuda-vos a crescer, a ser bons e a descobrir a beleza da vida com Deus. Faço-vos um convite A este propósito, quero fazer-vos um convite para a Celebração das Crianças no dia 10 de Junho (feriado), no Santuário de Nossa Senhora em Fátima. Será uma grande festa das crianças de Portugal inteiro com Jesus, com Maria, Sua Mãe, e entre todas as crianças que forem a esta celebração. Esta carta já vai longa. Abri-vos o meu coração de amigo e bispo. Talvez quisessem saber mais acerca de mim. Alguns perguntarão: então, tu, bispo, não tinhas defeitos quando eras pequeno como nós? Pois tinha: era muito traquina, irritava-me facilmente, zangava-me, batia nos outros… mas Jesus foi-me ajudando a ultrapassar estes defeitos. Outros de vós gostariam de saber a história da minha vocação e perguntar-me: como foste para padre? Isso fica para uma próxima carta, está bem? Quero terminar dizendo-vos que todos os dias rezo a Jesus por vocês. Espero que façam o mesmo por mim. Envio uma saudação muito amiga para os vossos pais, irmãos, avós e catequistas. Abraço-vos e abençoo-vos a todos com muita amizade, no nome de Jesus. O vosso muito amigo bispo, + António Marto

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Agência ECCLESIA

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