Bispo de Beja suspeita que Governo aproveitou visita do Papa para subir impostos

«Contínua repetição das fraquezas» de responsáveis da Igreja nos meios de comunicação não impediram adesão a Bento XVI

O bispo de Beja, D. António Vitalino, suspeita que a “euforia” vivida “pelo povo e pelo Santo Padre” durante a sua visita a Portugal foi aproveitada para o anúncio de medidas de austeridade.

“Até parece que o governo aproveitou este ambiente para aprovar novas medidas do plano de estabilidade e crescimento, que implicam subida de impostos e restrições nos investimentos públicos”, referiu o prelado na nota semanal difundida aos microfones da Rádio Pax.

Para D. António Vitalino, “os graves problemas” que “vão exigir muitos sacrifícios e restrições na vida dos portugueses” e “a contínua repetição das fraquezas e pecados de alguns membros responsáveis da Igreja nos órgãos de comunicação” não impediram a população de “exprimir a sua tradicional hospitalidade, respeito e amor ao Papa”.

“Bento XVI – disse o bispo de Beja – mostrou conhecer a história de Portugal e dispor de critérios de interpretação das suas várias fases, louvando o espírito missionário dos portugueses e interpretando positivamente a secularização da nossa sociedade, acentuando a necessidade de diálogo entre a fé e a razão, a Igreja e o mundo.”

Depois de apontar os aspectos essenciais das intervenções do Papa nos dias em que passou pelo país, a nota sublinha que a visita contribuiu para fortalecer a esperança da Igreja e dos cristãos, encorajando-os “a perder o medo”.

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