D. António Vitalino pede mobilização geral para fazer face à situação de crise no país O Bispo de Beja considera que é importante que as paróquias, as instituições sociais e caritativas, as escolas, as autarquias e as forças de segurança se unam para fazer "um levantamento das situações de pobreza, em sentido lato, na sua vizinhança ou na área da sua intervenção".
"Se encontrarem alguma situação de extrema pobreza não esperem por soluções vindas de terceiros, mas tornem-se intermediários imediatos de algum alívio", refere D. António Vitalino na sua nota semanal para a Rádio Pax.
Segundo este responsável, todos os casos "deverão ser levados posteriormente à rede social local, para que, na base do conhecimento da realidade, sejam encontrados dinamismos de inclusão e coesão social, só possível pelo envolvimento de todos na superação dos vários tipos de pobreza".
A nota desta semana aborda as últimas Jornadas Pastorais do Episcopado, que decorreram na semana passada, de 15 a 18 de Junho de 2009, em Fátima, tendo como tema a "Pastoral sócio-caritativa: Novos problemas, novos caminhos de acção".
Dos caminhos apontados pelos Bispos, D. António Vitalino destaca "a compreensão da vida social e o contributo de todos para o bem comum".
"Ninguém poder excluir-se do esforço comum para ultrapassar a presente crise", observa, antes de afirmar que o problema "não é apenas de ordem financeira e económica e por isso não se resolverá só com injecções de dinheiro".
O Bispo de Beja retoma algumas das ideias apontadas no final das Jornadas, escrevendo que "todos precisamos de nos reeducar para um estilo de vida mais sóbrio e simples, reduzindo os nossos consumos às necessidades fundamentais, no respeito pela ecologia e na partilha com os mais pobres".