Pastoral Universitária ajuda a «humanizar conteúdos académicos»

Estudantes de Braga encerraram ano com acampamento A pastoral universitária de Braga encerrou este fim-de-semana as suas actividades. O ano pastoral terminou com um acampamento. Uma pausa, entre exames, que quis oferecer aos estudantes um encontro com a natureza, consigo próprios e com os outros.

Entre o Cabril, em Montalegre, e os Carris, local onde se fez a exploração de volfrâmio, os estudantes passaram por jogos que prometiam interacção entre todos os participantes. Em jeito de caminhada, os participantes, deixaram-se envolver pela natureza, "elemento fundamental para chegar a Deus", explica o Pe. Eduardo Duque, director do Departamento Arquidiocesano da Pastoral Universitária de Braga. "A natureza fala de Deus, basta estender os olhos para o horizonte".

Foi isso mesmo que os estudantes fizeram, num percurso com momentos pessoais, mas outros que permitiram trocar conhecimentos entre pessoas desconhecidas.

O universo da pastoral universitária está em constante mudança. O calendário escolar marca a participação. O Pe. Eduardo Duque vê nesta condicionante uma mais-valia.

A pastoral universitária não é de massas, mas é antes "uma pastoral de tu a tu", centra o responsável. Ao inscreverem-se "as pessoas fazem-no individualmente e não em grupo", facto que leva ao trabalho "com cada pessoa".

Nada que seja complicado, pois, afirma o responsável, "o Cristianismo de massas já terminou. Este é o tempo do Cristianismo assumido, de uma adesão pessoal a Cristo, que se manifesta na vida e na relação com os outros". Se esta adesão foi sincera, mesmo depois de terminados os estudos, "os estudantes podem perceber que a adesão a Cristo lhes alterou a forma de viver".

Sendo uma população variável, entre alunos, professores e funcionários, nem todos têm ligação à Igreja ou às paróquias. Atenta a essas necessidades, a Pastoral Universitária volta-se para essas "franjas".

O Pe. Eduardo Duque explica que são muitos os alunos que se dirigem à pastoral universitária sem qualquer ligação à Igreja. "Alguns ouvem falar nas actividades e aparecem", mesmo desconhecendo o trabalho desta pastoral específica.

O público é diferente dos habituais escuteiros, acólitos, ou catequistas. "A maioria não está ligada às paróquias". E esse é o público alvo, "que está nas margens porque os outros estão já catequizados e a fazer o seu percurso".

A experiência feita mostra que "um rosto de Cristo mais dinâmico, fraterno, mais próximo e amigo, presente nos momentos bons e maus, os jovens aderem".

Num momento de crise, o acompanhamento espiritual faz ainda mais sentido, explica o sacerdote. As universidades prestam formação, as associações oferecem muitas actividades culturais e recreativas. Na falta de uma dimensão espiritual, "esta pastoral ajuda a humanizar os conteúdos".

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