Bispo de Aveiro vai introduzir mudanças na «pastoral de praia»

Apesar do sucesso da sua primeira “pastoral de férias” enquanto Bispo de Aveiro, D. António Francisco irá introduzir profundas alterações nas edições de 2008 e 2009, dedicando o primeiro ano às festas de religiosidade popular e, no ano seguinte, à emigração. No primeiro ano como Bispo de Aveiro, D. António Francisco considerou que a pastoral nas praias foi “uma experiência muito agradável”. “Foi o primeiro encontro com estas comunidades cristãs que visitei, indo ao encontro das comunidades cristãs e dos seus padres”, disse. O Bispo esteve em praias como S. Jacinto, Torreira, Vagueira, Costa Nova e Barra, a que se juntaram as festas de Fermentelos e de Nossa Senhora do Socorro (em Albergaria-a-Velha). Outro dado relevante da acção nas praias foi “sentir que as nossas terras são procuradas por grande número de veraneantes, que têm gosto de encontrar não só o repouso das férias mas também as comunidades cristãs em que possam participar”. Num terceiro aspecto, esta acção visou “lançar um apelo a novas formas de evangelização, indo ao encontro das pessoas, dialogando, acolhendo e falando com todos, independentemente da sua origem, da sua terra, do seu trabalho, da sua condição social ou mesmo da sua confissões de fé”, revelou o Bispo de Aveiro, na conversa que teve com os jornalistas do “Correio de Vouga” e do “Jornal de Notícias”, no final da eucaristia celebrada na igreja da Praia da Barra, no passado Domingo. As terras que D. António Francisco visitou são locais que, no período de Verão e devido ao turismo, têm uma população muito superior à população residente. Como esta foi a sua primeira experiência pastoral nas praias aveirenses, o bispo realçou que perguntou aos párocos “se eram mais as pessoas de fora do que as pessaos que habitualmente participam”. “Houve dois casos em que os padres me disseram que eram mais os veraneantes do que os habituais praticantes da eucaristia”, referiu, o que aconteceu na Torreira e em S. Jacinto. Novidades D. António Francisco revelou que o seu desejo não é “repetir todos os anos esta forma de estar”, pelo que procurará escolher uma forma para cada ano. “No próximo ano, desejo valorizar, no tempo do Verão, na pastoral do Verão, sobretudo as festas de religiosidade popular muito marcante, com grandes concentrações, como é o caso de Fermentelos, da Senhora da Saúde, da peregrinação da Senhora do Socorro, como são outros grandes momentos de afirmação de uma religiosidade popular específica que é preciso reevangelizar. Esse é o meu projecto para o próximo ano”. “Daqui por dois anos, gostaria de estar sobretudo em comunidades que têm grande presença de emigrantes, para valorizar também o interior da Diocese, como Águeda, Sever do Vouga e outras zonas, que recebem, nesta ocasião de férias, recebem muitos emigrantes, para que eles sintam que o bispo da diocese de Aveiro é também bispo que os acolhe e os recebe”, diz. Nesse sentido, o Bispo de Aveiro afirma: “Nestes próximos dois anos, a minha intenção, que irei colocar em momentos de reflexão ao nível da pastoral diocesana, é esta: no próximo ano, valorizar momentos de grande concentração de religiosidade popular, e no ano seguinte valorizar a vinda e o acolhimento feito aos emigrantes, para não repetir uma rotina anual sempre com esta forma de estar de privilegiar as zonas das praias”. Em 2008, D. António Francisco pretende estar em “momentos e em celebrações de grande mobilização da religiosidade popular”, nomeadamente em festas como a da Senhora da Saúde e a do S. Paio, na Costa Nova e na Torreira, respectivamente, entre outras onde se inclui a Senhora do Socorro. “Se este ano me preocupou evangelizar a cultura e acolher os veraneantes, como tempo de bem e um dom de Deus, que são as férias, no próximo ano queria, com a minha presença, reevangelizar a religiosidade popular e, no ano seguinte, em 2009, valorizar e emigração”. A necessidade de uma capela na Praia da Vagueira é um tema recorrente, e que vem praticamente desde que D. António Marcelino deu início à “pastoral nas praias”. Sobre esse assunto, D. António Francisco disse: “Há só uma convicção muito firme da minha parte, e já decidi isso com o pároco e com a comissão que se organizou, para pedirmos aos senhor presidente da Câmara uma audiência para resolvermos definitivamente a escolha do local. A partir daí, a minha decisão é determinante: é necessário construir um espaço religioso na Praia da Vagueira, não basta a igreja da Gafanha da Boa Hora”. Redacção/CV

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Agência ECCLESIA

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