Na recta final da visita pastoral às paróquias da Torreira e S. Jacinto, diocese de Aveiro, D. António Francisco dos Santos realçou à Agência ECCLESIA que “é fundamental um bispo conhecer os seus cristãos no seu meio ambiente”. De 7 a 20 de Janeiro, o prelado de Aveiro caminhou com aquelas comunidades paroquiais. Depois da preparação prévia – com os párocos e elementos dos conselhos pastorais – a visita pastoral deve obedecer a três vertentes: “parte celebrativa, encontro com os agentes de pastoral (iniciativas programáticas) e proximidade do bispo com as famílias e instituições (realidade sociocultural)” – disse D. António Francisco Santos Nas paróquias da Torreira e S. Jacinto, o bispo de Aveiro encontrou-se com os agricultores, pescadores, comerciantes e autarcas. “Como são zonas de veraneio e que acolhem pessoas que vêm de fora é fundamental ouvir estas pessoas” – frisou. E acentua: “senti as alegrias e dificuldades deste povo”. Na visita às escolas e unidade militar, o bispo deixou palavras de ânimo. “A Unidade Militar de S. Jacinto presta um grande serviço na promoção da paz”. Neste contacto promove-se um “diálogo entre a Igreja e a sociedade civil”. No contacto com a comunidade de S. Jacinto – pertence ao concelho de Aveiro – D. António Francisco Santos testemunhou as dificuldades do povo. Está separada de Aveiro pela Ria, mas com o ferryboat sente-se mais próxima. No entanto “ainda sente o isolamento”. Como não existem grandes iniciativas empresariais e de trabalho, as pessoas “emigram com frequência”. Com o encerramento dos estaleiros navais, as pessoas ficaram “em situações difíceis, ao nível de emprego”. A paróquia da Torreira tem duas realidades distintas: A imensidão de pessoas no Verão e, apenas, os habitantes no resto do ano. “Os comerciantes sofrem com a falta de pessoas nos meses fora do Verão” – sublinha o bispo de Aveiro. Adianta: “é difícil a sustentabilidade dos comerciantes”. Perante estes factos, o prelado levantou “a autoestima das populações”. Em Aveiro desde o mês de Dezembro de 2006, D. António Francisco Santos salienta que já conhecia todos os arciprestados. “Nesta diocese é fácil a mobilidade humana”. Depois de contactados todos os párocos, com estas visitas “torno-me mais próximo das comunidades”.