Bispo de Angra lança Diocese no caminho de São Paulo

Ano Paulino é oportunidade para «reflectir sobre a verdade da Igreja», defende D. António de Sousa Braga A Igreja mundial prepara o Ano Paulino e os Açores não querem ficar de fora. Por promulgação de Bento XVI, entre 28 de Junho de 2008 e 29 de Junho de 2009, os católicos comemoram os 2000 anos do nascimento do Apóstolo das Gentes. Numa Nota Pastoral o Bispo de Angra, D. António de Sousa Braga, afirma que o Ano Paulino será uma oportunidade para “uma reflexão pastoral sobre a verdade da Igreja e a maneira de construir a unidade da comunhão”. Este é um “um forte apelo para dar o devido lugar à Palavra”, redescobrindo a riqueza dos escritos do Apóstolo, “para propor e transmitir a fé na sociedade actual”, até porque aponta D. António Sousa Braga, as cartas de Paulo são “continuamente proclamadas na Liturgia, mas pouco comentadas nas homilias”. São Paulo “é o grande guia da «Nova Evangelização» ou re-evangelização”. O Bispo de Angra sublinha que a paróquia “não é «um clube de perfeitos», nem um «gabinete de controle» no seio da comunidade”, nem tão pouco “uma estação de serviço para satisfazer usos e costumes sociais”. D. António de Sousa Braga aponta que “sendo sinal e instrumento” a paróquia deve “acolher as pessoas assim como elas são”, sem fingir que “tenham motivações de fé, que tantas vezes não têm”, reconhece. A paróquia deve ter o cuidado de “não impor o Evangelho, mas uma proposta de evangelização”. O anúncio deve ter “presente a sensibilidade e a linguagem das pessoas, os seus problemas e interesses”. O Bispo de Angra rejeita ser “mero gestor de uma empresa”. Afirma mesmo que “como Paulo, somos missionários, que anunciam em todas as circunstâncias”. “A indiferença religiosa não pode ser causa de amargura. A presença das pessoas não pode ser causa de incómodo”. D. António de Sousa Braga frisa mesmo que “devemos ser nós a procurá-las, se vêm melhor”. A conversão de São Paulo não é fruto de uma reflexão humana ou de uma doutrina, mas “de um encontro”. O percurso do Apóstolo é interpelador para toda a “acção pastoral”. D. António aponta que “ter fé não é apenas acreditar em verdades, mas aceitar Cristo como norma decisiva da própria existência”. Foi assim que Paulo viveu e foi isso que ensinou através das cartas dirigidas às comunidades cristãs, sendo este o seu principal instrumento catequético. Neste Ano Paulino não se pedem “Cursos e Jornadas, para saber mais coisas sobre os escritos do Apóstolo”. O Bispo de Angra sublinha a necessidade de “deixar-se guiar por Paulo”, aprofundando com vista a um “aperfeiçoamento da nossa catequese, como processo contínuo de iniciação cristã, em estilo catecumenal”. A Diocese de Angra vai disponibilizar o subsídio catequético – «Um ano a caminhar com S. Paulo» – proporcionado à Conferência Episcopal Portuguesa pelo Patriarcado de Lisboa e a Diocese de Coimbra. D. António de Sousa Braga pede que nas paróquias “se assinale devidamente a abertura do Ano Paulino, na Solenidade de S. Pedro e S. Paulo”. O Bispo de Angra lembra a indulgência Plenária, mas afirma que com a confissão e o perdão da culpa no Sacramento da Reconciliação, não fica consumada a conversão. “A prática da indulgência pressupõe boas disposições interiores e o cumprimento de determinadas condições, que as suscitam e fortalecem: Confissão Sacramental, Comunhão Eucarística e Oração segundo as intenções do Papa”. “É na perspectiva da graça que nos propomos celebrar e viver o Ano Paulino, para darmos razões da nossa esperança”, finaliza o Bispo de Angra. “Um Tesouro, que levamos em vasos de barro”. Notícias relacionadas Nota Pastoral do Bispo de Angra sobre o Ano Paulino

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