Bispo de Angra: Experiência autonómica dos Açores começou pela Igreja (RR)

O Bispo de Angra entrevistado no espaço “No Caminho das Dioceses”, da RR, falou sobre a experiencia autonómica dos Açores.

“A primeira experiência autonómica dos Açores dá-se ao nível eclesiástico, porque desde 1534 que há uma única diocese que abrange as nove ilhas, o que cria uma certa de unidade”, explica D. António Sousa Braga.

As dificuldades que advêm do facto de a diocese estar dispersa pelo arquipélago não são, contudo, desvalorizadas pelo bispo, que considera, por outro lado, que acabam por enriquecer o trabalho pastoral em cada ilha.

D. António Braga considera ainda pacífica a relação entre a Igreja e o Governo Regional e garante haver respeito pela autonomia de competências. Descentralizar, defende, só enriquece o trabalho pastoral.

O bispo de Angra do Heroísmo não se mostra surpreendido pela reacção solidária e imediata dos portugueses à recente tragédia na Madeira, seja ao nível dos cidadãos seja ao nível político. “Portugal tem uma raiz cristã muito forte e quando é necessário mostrar-se próximo há sempre uma reacção positiva. Para além das diferenças e disputas políticas houve uma resposta pronta ao nível nacional”, destaca.

D. António Sousa Braga foi, aliás, dos primeiros a enviar uma mensagem de solidariedade ao Bispo do Funchal e aos madeirenses.

Região desfavorecida

O bispo de Angra considera que a crise económica não tem tido, nos Açores, a mesma expressão que nalguns locais do Continente, porque a região já era desfavorecida.

Há, contudo, sempre bolsas de pobreza, a que a Igreja está atenta e a que a Cáritas diocesana vai dando resposta.

Apesar da população se afirmar maioritariamente católica, a Diocese tem consciência que é preciso encontrar novas formas de evangelizar. D. António Braga falou à Renascença antes do retiro anual dos bispos, que está a decorrer em Fátima.

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Agência ECCLESIA

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