Bispo das Canárias pede «dignidade» nos repatriamentos

O Bispo das Canárias, D. Francisco Cases, manifestou o seu apoio à decisão do Governo espanhol em não admitir no país os imigrantes do “Marine I”, assegurando que a intenção é repatriá-los com “dignidade”. Segundo este responsável, não se deve permitir que os imigrantes em situação irregular entrem “indiscriminadamente” em território espanhol. Um avião espanhol com 37 emigrantes clandestinos de diversas nacionalidades a bordo descolou terça-feira à tarde do aeroporto de Nouadhibou, no norte da Mauritânia, com destino a Praia, capital de Cabo Verde. Estes emigrantes fazem parte dum grupo de 372 pessoas, maioritariamente asiáticos, que pretendiam partir de forma clandestina para as ilhas Canárias, na Espanha. O seu barco, “Marine I”, esteve à deriva ao largo da Mauritânia durante mais de uma semana, antes de as autoridades deste país o autorizarem a atracar, segunda-feira, em Nouadhibou D. Francisco Cases considera que o essencial é que as pessoas sejam repatriadas “com dignidade” para o seu país de origem. O Bispo das Canárias falava à imprensa pouco depois de ter chegado de uma visita à Mauritânia, onde esteve a acompanhar vários projectos de cooperação para o desenvolvimento, levados a cabo pela Cáritas. Para o prelado, há um “direito a emigrar”, mas em muitos casos as pessoas que chegam às costas do Arquipélago fazem-no “não exercendo um direito, mas fugindo da dificuldade”.

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