Bispo da Nigéria lança alerta sobre políticas dos países ricos

O arcebispo D. John Olorunfemi Onaiyekan, de Abuja, na Nigéria, afirmou, recentemente, que “os jovens africanos vão continuar a emigrar para a Europa, em busca de um mundo melhor”. O prelado faz parte da delegação de cardeais e bispos criada com vista à reunião do G8 – o grupo que reúne os sete países mais industrializados do mundo e a Rússia – programada para se realizar este ano, na Alemanha. A afirmação aconteceu durante uma campanha contra pobreza, realizada em Roma, e tinha como objectivo relembrar aos oito chefes de Estado e de Governo do G8, as promessas assumidas na luta contra a pobreza. D. Olorunfemi Onaiyekan referiu-se ainda ao impacto da globalização, sublinhando a função dos meios de comunicação, que ajudam a criar, aos olhos dos jovens africanos, um modelo de riqueza e bem-estar que deve ser seguido a qualquer custo, que resulta num fluxo crescente de emigração clandestina para a Europa. “Os países ricos devem rever a própria política em relação à África”, afirmou o prelado nigeriano. Durante a cúpula realizada a Gleneagles, na Grã-Bretanha, em 2005, os chefes dos países que fazem parte do G8, assumiram o compromisso de aumentar a ajuda internacional aos países pobres, em 50 mil dólares ao ano, com o objectivo de investir pelo menos 0,7% do Produto Interno Bruto (PIB) até 2015. “A Nigéria ganha, a cada dia, milhões de dólares na venda de petróleo, mas o povo nigeriano continua a viver na indigência, por causa da corrupção de seus governantes”, lamentou D. Olorunfemi Onaiyekan. Com Rádio Vaticano

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