Um Bispo da Igreja Católica clandestina, D. Wei Jingyi, foi preso na China Meridional, de acordo com a Fundação “Cardeal Kung”, uma associação católica para a protecção dos direitos humanos. O prelado, membro de uma Igreja que reconhece a autoridade do Papa e não está oficialmente aprovada por Pequim, foi encarcerado no passado dia 5 de Março, após um encontro com “amigos estrangeiros”. A associação católica não conseguiu, contudo, fornecer dados sobre o desenvolvimento da situação. O Bispo Wei já tinha sido preso duas vezes no passado, tendo sido condenado a trabalhos forçados de 1987 a 1989 e de 1990 a 1992. Nas prisões chinesas estão actualmente 6 bispos católicos e 20 sacerdotes. A autoridade da República Popular da China reconhece formalmente a liberdade de culto, mas apenas consentem aos cidadãos que professem o seu credo no interior de organizações reconhecidas pelo Estado. Os católicos da Igreja clandestina são cerca de 8 milhões. A China rompeu relações diplomáticas com o Vaticano em 1957. Nos últimos meses, em particular desde a realização da assembleia anual do PC chinês, em Outubro passado, têm-se intensificado as prisões de dissidentes religiosos.
