Bispo da Guarda preocupado com o impacto da crise na sua região

Se os portugueses não produzirem e falharem as metas de combate à crise, então não surpreende que tenha que ser o FMI a pôr o país na ordem, alerta o Bispo da Guarda, em entrevista à Renascença.

“Se as coisas não estão a funcionar bem, com certeza que há culpados e esses culpados estão por aí distribuídos. Uma intervenção estrangeira no país, nenhum de nós a deseja, mas já há alguns indícios de que o país está a ser intervencionado”, começa por dizer D. Manuel da Rocha Felício.

“Quando dizem que o nosso Orçamento, este ano ainda não mas se calhar futuramente, tem de ter o «agrément» das super-estruturas da Europa, isso já é, um bocadinho, o exterior a intervir na nossa vida interna. Se não realizamos todo o trabalho, se não temos os resultados que devíamos ter, não nos podemos admirar que alguém de fora venha pôr ordem na casa”, sublinha.

Neste cenário de crise económica, financeira e de dificuldades sociais, o Bispo da Guarda avisa que “só defende a independência quem produz”.

D. Manuel da Rocha Felício espera que o PS e PSD cumpram o acordo alcançado para viabilizar o Orçamento do Estado para 2011 e que o entendimento tenha melhores resultados que outros celebrados no passado.

À margem do encontro dos bispos das dioceses do Centro, o Bispo da Guarda mostra-se preocupado com o impacto da crise na sua região e diz que é preciso incentivar as pessoas a voltarem ao trabalho.

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