“Como serviço qualificado e especializado que é, a actividade do profissional de saúde apoia-se numa formação inicial, no presente caso a licenciatura em enfermagem conferida pela Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico da Guarda; mas precisa do apoio da formação contínua ou formação em exercício”, referiu o Bispo da Guarda, na homilia da missa de encerramento do VII Curso de Licenciatura em Enfermagem. Na celebração, que decorreu na Sé da Guarda, no dia 28 de Julho, D. Manuel Felício adiantou que “oferecer condições de formação contínua aos que foram seus alunos e a outros é também preocupação da nossa Escola Superior de Saúde que já tem a funcionar um curso de pós-licenciatura de especialização em Enfermagem Medica-Cirúrgica e se dispõe a avançar por outra área de especialização de alto interesse para a sociedade e em particular para a nossa região, como é a gerontologia e a fisioterapia”. O Prelado felicitou a Escola, que deu aos alunos “a formação inicial com a licenciatura pelas preocupações que revela em oferecer condições de formação permanente aos que trabalham neste delicado mundo da saúde”. Na celebração, que contou com a presença de largas centenas de pessoas, D. Manuel Felício lembrou o 41º aniversário da Escola Superior de Saúde da Guarda, celebrado a 27 de Julho. “Presto homenagem a quantos colaboraram e continuam a colaborar neste importante projecto que pretendeu sempre e continua a pretender levar às populações as melhores condições de vida com qualidade”, referiu o Bispo. Aos novos profissionais de saúde, o Prelado pediu que “saibam criar todas as condições, quanto de si depende, para que cada vida humana cresça e se desenvolva de acordo com o seu projecto pessoal de vida”. “Já lá vai o tempo em que se definia a saúde como sendo ausência de doença ou simplesmente de dor”, adiantou o Bispo para quem “a saúde é mais do que isso e de facto liga-se ao conjunto das condições físicas, psicológicas, relacionais, espirituais e mesmo sobrenaturais de que cada ser humano precisa para cumprir por inteiro a sua humanidade”. No entender de D. Manuel Felício “ao profissional de saúde a sociedade pede que seja um actor trabalhando em rede com outros actores para a criação de todas estas condições” e que “será sempre um serviço com competência científica e profissional própria, mas que cada vez precise de ser coordenado com outros serviços públicos e privados ou de iniciativa não ligada à administração pública todos empenhados em criar condições de vida com a máxima qualidade para todos e cada um dos cidadãos”. Terminaram o VII Curso de Licenciatura em Enfermagem 39 alunos, sendo 33 raparigas e 6 rapazes. De acordo com responsáveis deste Estabelecimento de Ensino Superior, “por norma, este curso, tem sempre mais mulheres do que homens”.