Mensagem de Natal de D. Manuel Felício lembra em particular problema do desemprego
O bispo da Guarda, D. Manuel Felício, apelou hoje aos membros do clero e aos leigos da Diocese para que contribuam com “vinte por cento do seu vencimento mensal” para a Cáritas diocesana ou para o fundo social solidário criado pela Conferência Episcopal.
“Que a luz de Cristo, presente no coração do Natal, nos ilumine naquelas decisões e naqueles gestos que podem contribuir para encontrar os novos caminhos capazes de dar novos rumos à sociedade actual e ajudar a superar a crise global que persiste e continua a fazer sofrer muita gente”, disse, ao apresentar a sua mensagem natalícia para 2010.
Num encontro com jornalistas, na Guarda, o prelado desejou que “todos os desempregados” da Diocese estejam a trabalhar no Natal de 2011, “quer porque foram contratados por empresas, quer porque tomaram a sua própria iniciativa de trabalho”.
Este responsável, vogal da comissão episcopal da Pastoral Social, apelou à administração pública que invista na formação dos desempregados e “desimpeça todos os caminhos que estão a impedir o acesso” ao micro-crédito.
O bispo da Guarda considera que na origem da actual crise económica estão “jogos de interesse” que são feitos “nas costas do povo” e relacionados com “decisões políticas, económicas e financeiras”.
A mensagem constata que os portugueses vão celebrar mais um Natal “em tempos marcados pela crise, sem fim à vista, e que está a fazer sofrer muitas pessoas”.
D. Manuel Felício disse sentir que “hoje há novas formas de pobreza e também novos pobres, devido às mudanças rápidas da situação social introduzidas pela crise”.
Neste sentido, deixou votos de que sejam criados “grupos paroquiais de acção social, para exercerem a prática da proximidade e da caridade” e conhecer melhor a situação real das pessoas.
Redacção/Lusa