D. Joseph Coutts, Bispo católico de Faisalabad, está na mira de extremistas islâmicos por causa dos seus esforços em favor do diálogo inter-religioso, tendo recebido ameaças de morte, de forma sistemática, desde o passado mês de Dezembro. Alvos do grupo “Frente dos soldados islâmicos” são também um jornalista e um estudioso, por terem participado num encontro inter-religioso numa madrassah (escola islâmica) da região. Citado pela agência AsiaNews, D. Jospeh Coutts, assegura que não se deixa intimidar e que irá prosseguir “as actividades inter-religiosas, em favor da harmonia social e da paz no país”. O Bispo de Fasialabad esteve em Portugal, em Junho passado, a convite da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre, para participar no colóquio “Liberdade Religiosa no Mundo: Direitos das comunidades e dignidade humana”. Num país com 150 milhões de habitantes os católicos são uma minoria de 1,5 milhões que sofre com a intolerância religiosa. Nos últimos anos verificaram-se ataques a igrejas, a escolas cristãs e ao julgamento de cristãos em processos de alegada blasfémia, alguns dos quais com um desfecho trágico. “Temos experimentado a violência por parte dos grupos extremistas islâmicos, uma violência que anteriormente não existia. Isto é para nós um novo fenómeno que não parte da população em geral, mas da promoção desta forma de pensar por parte dos grupos extremistas”, referiu então D. Coutts, em entrevista à AIS. D. Joseph Coutts foi nomeado Bispo da Diocese paquistanesa de Faisalabad em 1998. Actualmente desempenha também o cargo de presidente nacional da Caritas do Paquistão. Em Outubro de 2005 participou na coordenação das operações de socorro às vítimas do terramoto no Paquistão que vitimou cerca de 70 mil pessoas e que destruiu numerosos edifícios na região de Caxemira. Nos últimos anos o bispo paquistanês acompanhou, casos de agressões e mesmo de homicídios cometidos por motivos religiosos na sua diocese, na região de Faisalabad (terceira maior cidade paquistanesa), contra jovens cristãos. Departamento de Informação da Ajuda à Igreja que Sofre