Biógrafo de Churchill elogia atitude do Papa Pio XII durante o Holocausto

O historiador judeu e biógrafo oficial de Winston Churchill, Sir Martin Gilbert, louvou em uma entrevista concedida à revista “Inside the Vatican” o trabalho do Papa Pio XII para salvar muitos judeus na II Guerra Mundial. “Afirmar que Pio XII manteve ‘silêncio’ sobre os assassinatos em massa dos judeus pelos nazistas, é um sério erro histórico”, referiu convicto. Gilbert publicou em Nova Iorque o livro intitulado “The Righteous: The Unsung Heroes of the Holocaust” (Os Justos: Heróis anónimos do Holocausto). Ao ser entrevistado sobre a publicação, Gilbert assegurou que muitos cristãos, e católicos em particular, arriscaram suas vidas e as de suas famílias para resgatar judeus durante as perseguições nazis. “É especialmente importante para o povo judeu – e eu mesmo sou judeu –, compreender quantos libertadores cristãos houve. O número dos que foram identificados como Justos por Israel ultrapassa na actualidade os 20 mil. Há, evidentemente, muitos mais que foram assassinado após serem capturados juntamente com aqueles a quem tentavam salvar, e cujas histórias ainda não viram a luz do dia”, declarou Gilbert. O historiador menciona no seu livro vários “heróis não católicos” de diferentes confissões protestantes e obediências ortodoxas mas lembra que “a Igreja predominante na Europa era a Igreja Católica, e o clero predominante era o clero católico, sob a liderança do Papa Pio XII”. “Tendo em conta todos os factos, creio que moral e politicamente Pio XII agiu de forma adequada e tomou a decisão correcta”, disse Gilbert e afirmou que devido às circunstâncias e aos múltiplos interesses em jogo, teria sido “altamente irresponsável” se o Papa de então tivesse agido de forma provocatória”.

Partilhar:
Scroll to Top