Cidade do Vaticano, 26 jan 2018 (Ecclesia) – O presidente da Academia Pontifícia para a Vida (APV), da Santa Sé, criticou hoje a clonagem de macacos na China, considerando que a ciência tem de evitar “suicidar-se” e comprometer o futuro da humanidade.
D. Vincenzo Paglia disse ao portal de informação do Vaticano que é fundamental interrogar-se sobre a bondade de fazer tudo o que é tecnicamente possível.
Os primeiros macacos clonados com o mesmo método da ovelha Dolly nasceram na China, divulgou esta quarta-feira a revista científica Cell.
“Não há dúvida de que esta notícia suscita grandes interrogações, até porque o passo seguinte, depois dos macacos, depois dos primatas, é o homem”, assinalou o presidente da APV.
A experiência com os macacos foi feita no Instituto de Neurociências da Academia Chinesa de Ciências, em Xangai.
Para D. Vincenzo Paglia, a grande questão é saber se esta técnica “não acabará por escravizar o homem”.
“Julgo que a consciência do limite é uma das dimensões decisivas do humano e de tudo o que, obviamente, deriva do humano”, precisou.
OC