Federação Portuguesa pela Vida relança página «toda a vida tem dignidade»
Lisboa, 26 abr 2018 (Ecclesia) – José Maria Seabra Duque, da Federação Portuguesa pela Vida, considerou que a eutanásia representa “um retrocesso civilizacional”, contestando algumas ideias lançadas no debate em curso, em Portugal.
“A eutanásia é a morte por terceiros, por chamadas causas misericordiosas; trata-se de matar alguém para acabar com o seu sofrimento, isso praticava-se na antiguidade”, defendeu, em entrevista transmitida hoje no Programa ECCLESIA (RTP2).
José Maria Seabra Duque apresentou a nova página da Federação Portuguesa Pela Vida, “Toda a vida tem dignidade”.
“É uma ideia que infelizmente se perdeu, tem-se ouvido nesta campanha ‘então e a pessoa que está acamada e usa fralda?’ como se, de repente, a nossa dignidade dependesse dessas coisas. Mesmo quando a sociedade não trata as pessoas com a dignidade que elas merecem, mesmo quando a sociedade não cuida e não responde como deve responder diante o drama e sofrimento, a resposta não pode ser eliminar essas pessoas, a resposta deve ser vamos melhorar a sociedade”, explica.
Para o membro da Federação Portuguesa pela Vida “é preciso clarificar” o que se discute e o site https://tvtd.up7.pt/wp/ tem esta missão, através dos artigos publicados ou de outras informações.
“A partir do momento em que a lei passa a definir que vidas são dignas e não são dignas que deixa de ser um princípio inviolável para ser um princípio que está nas mãos do legislador”, aponta.
José Maria Seabra Duque deu ainda os exemplos da Holanda e da Bélgica que regularam a eutanásia inicialmente para “casos extremos”.
“Agora já se fala de eutanásia a pessoas com depressões, pessoas alcoólicas e, na Holanda, até se pensa agora em eutanásia a pessoas com 75 anos, no fim da vida ativa”, conclui.
HM/SN