Os mambwe são um povo ambicioso e trabalhador, capaz de tirar partido das terras áridas do Sudoeste da Tanzânia e do Noroeste da Zâmbia. Segundo as estimativas, 500 mil pessoas de ambos os países da África Ocidental falam mambwe, a maior parte das quais vive na Zâmbia.
A palavra mambwe deriva, provavelmente, de imambwe, que significa “terra que não pertence a ninguém”, um conceito que parece remontar aos tempos em que esta região foi povoada, embora ninguém o saiba ao certo.
O que se sabe é que muitos mambwe se converteram à fé cristã; os primeiros, há 118 anos. Nas últimas décadas juntaram-se a eles milhares de outros. A Igreja da Zâmbia é jovem, muito jovem. Há muito tempo que são sobretudo os leigos quem vive, proclama e difunde a fé. Embora o número de sacerdotes tenha aumentado de forma significativa, o certo é que apenas conseguem seguir o ritmo de crescimento das comunidades de crentes.
Também os missionários europeus, que partilham totalmente a vida simples dos mambwe, contribuem de forma importante. Pregam a fé vivendo-a e, para isso, aprenderam a língua do povo, traduziram e publicaram o Novo Testamento em mambwe, estudaram a língua como filólogos e elaboraram um dicionário bilingue de inglês-mambwe e mambwe-inglês. Além disso, estudaram os valores religiosos e étnicos deste grupo, que habita há vários séculos neste território, que actualmente é partilhado entre a Tanzânia e a Zâmbia.
D. James Spaita, Arcebispo de Kasama, no Noroeste da Zâmbia, há pouco tempo elogiou uma iniciativa da AIS, que financiou a edição da Bíblia para Crianças, “Deus fala aos Seus filhos”, em mambwe. Afirmou literalmente: “Para a juventude da região mambwe, a Bíblia para Crianças será, sem dúvida, benéfica”.
Poucos meses antes da impressão, o Arcebispo pediu explicitamente que se duplicasse a tiragem prevista de 10.000 exemplares. Mais de 370 catequistas esperam a chegada desta publicação para a utilizar em grupos de oração e no anúncio do Evangelho, e está previsto que cada catecúmeno obtenha um exemplar na sua preparação para o baptismo.
Desde 1979, ano da primeira edição da Bíblia para Crianças da AIS, já se imprimiram, no período de 30 anos, 47 milhões de exemplares do livrinho em 157 línguas. O êxito, já reconhecido pela Santa Sé, deve-se, entre outros, ao facto de os textos redigidos pela teóloga alemã Eleonore Beck e as ilustrações a cores da artista espanhola Miren Sorne não atraírem apenas crianças.
Departamento de Informação da Fundação AIS