Bíblia: Papa Francisco alerta contra interpretações subjetivas da Palavra de Deus

Qualquer estudo «incapaz de abraçar a globalidade» da história cristã será insuficiente, salienta

Cidade do Vaticano, 12 abr 2013 (Ecclesia) – O Papa Francisco recebeu hoje em audiência no Vaticano os membros da Comissão Pontifícia Bíblica, no final da assembleia plenária daquele organismo dedicada ao tema “inspiração e verdade na Bíblia”. 

No discurso que dirigiu aos participantes, publicado pela sala de imprensa da Santa Sé, o Papa argentino alertou para a importância dos exegetas trabalharem os textos bíblicos à luz da “Tradição do Povo de Deus”, que a Igreja Católica tem preservado “ao longo dos séculos”. 

Francisco salientou que “as Sagradas Escrituras são um testemunho escrito da Palavra de Deus, uma memória canónica que atesta a verdade da Revelação”, que “precede e ultrapassa as fronteiras” do texto escrito. 

“No centro da fé cristã”, apontou o Papa, “não está apenas um livro mas toda uma história de salvação e especialmente uma pessoa, Jesus Cristo, a Palavra de Deus feita carne”. 

Por isso, qualquer interpretação meramente “subjetiva ou incapaz de abraçar a globalidade” da história cristã será insuficiente, salientou. 

Francisco baseou a sua reflexão na constituição dogmática Lumen Gentium, a “Luz dos Povos”, documento sobre a Igreja que foi escrito durante o Concílio Vaticano II (1962-1965). 

De acordo com a Lumen Gentium, “o estudo das Sagradas Escrituras não se pode limitar a um esforço científico individual, mas deve ser sempre autenticado pela tradição viva da Igreja”. 

“O respeito pela natureza profunda das Escrituras condiciona a validade e a efetividade de toda e qualquer hermenêutica bíblica”, citou o Papa argentino.

JCP

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