Bento XVI voltou a pedir desarmamento nuclear

E não esqueceu os reféns coreanos no Afeganistão, evidenciando a «grave violação da dignidade humana» Antes da recitação do Angelus do meio dia, perante uma pequena multidão de fiéis presentes no pátio do Palácio pontifício de Castelgandolfo, Bento XVI recordou o cinquentenário da Agencia Internacional para a Energia Atómica, o organismo da ONU que vigia contra a proliferação das armas nucleares Também no passado Domingo, dia 22, antes da recitação do Angelus na Praça de Lorenzago di Cadore, o Papa tinha recordado que a 1 de Agosto de há 90 anos, Bento XV, dirigiu-se aos países beligerantes na I Guerra Mundial, para recordar que a guerra traz somente massacres inúteis. Um apelo que Bento XVI fez seu também hoje. “Celebra-se hoje o 50º aniversário da entrada em vigor do Estatuto da AIEA –a agencia internacional para a Energia Atómica, instituída com o mandato de aumentar o contributo da energia atómica para as causas da paz, da saúde e da prosperidade no mundo inteiro ( art. II do Estatuto) A Santa Sé aprovando plenamente as finalidades de tal Organismo, é seu membro desde a sua fundação e continua a sustentar a sua actividade. As mudança verificadas nos últimos 50 anos evidenciam as dificuldades que a humanidade atravessa. É cada vez mais actual e urgente o encorajamento à não proliferação de armas nucleares, a promoção de um progressivo e concordado desarmamento nuclear e favorecer o uso pacífico e seguro da tecnologia nuclear para um desenvolvimento autêntico, respeitoso do ambiente e sempre atento às populações mais prejudicadas”. O Papa sublinhou ainda a importância dos esforços dos que trabalham para fazer com que os recursos poupados possam ser destinados para projectos de desenvolvimento em benefício de todos os habitantes e, em primeiro lugar, dos mais pobres. “A corrida aos armamentos deve ser substituída pelo esforço comum de mobilizar os recursos para objectivos de desenvolvimento moral, cultural e económico, definindo de novo as prioridades e escalas de valores”. Bento XVI não quis esquecer ainda os reféns coreanos no Afeganistão, salientando que entre os grupos armados se vai difundindo a praxe de instrumentalizar pessoas inocentes para reivindicar fins de parte. “Trata-se de graves violações da dignidade humana, que contrastam com todas as normas elementares de civilização e de direito, e ofendem gravemente a lei divina. Dirijo o meu apelo para que os autores de tais actos criminais desistiam do mal feito e libertem as vítimas.” O Papa também disse orar por todos “os que estão em viagens de férias”, em referência ao acidente recente onde morreram 26 peregrinos polacos, que voltavam do santuário de Salete, em França. Na conclusão do Angelus, o Papa, falando em polaco, rezou pelos mortos e pelos feridos, desejando-lhes uma rápida recuperação. Com Agências

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