Bento XVI visita Igreja africana em plena expansão

Em finais de Outubro de 2008, na conclusão do Sínodo dos Bispos, Bento XVI anunciou que iria visitar Angola e os Camarões, no âmbito da preparação da II Assembleia Especial do Sínodo para a África, que decorrerá em Roma em Outubro de 2009, e, no caso de Angola, “para ali celebrar solenemente o 500.º aniversário da evangelização deste país” e “homenagear a uma das Igrejas subsaarianas mais antigas”. Em África, os católicos cresceram mais de 3% nos últimos anos, o que ultrapassa o crescimento da população total (2,5%). Estima-se que em 2050, três países africanos estejam entre as dez maiores nações católicas de todo o mundo: a República Democrática do Congo (97 milhões de católicos), o Uganda (56 milhões) e a Nigéria (47 milhões). A “explosão” do catolicismo na África subsaariana, ao longo do século XX, pode ser considerada como um dos maiores sucessos missionários na história da Igreja – embora deva ser sempre lida com atenção, como se lê neste dossier -, já que de uma população de 1,9 milhões de católicos, em 1900, se passou para 139 milhões. Segundo dados fornecidos pela agência missionária Fides, do Vaticano, quase metade dos baptismos de adultos em todo o mundo registam-se em África. África é mesmo um dos continentes em que se regista maior crescimento no número de padres, com um aumento na ordem dos 25% no período de 2000 a 2007. O “Bigard Memorial Seminary”, seminário regional para a Nigéria Ocidental e Oriental, com mais de 1100 candidatos ao sacerdócio, é o maior do mundo. Os bispos africanos estão conscientes de que não basta crescer, mas que tal crescimento tem de ser transformado em “qualidade de fé”, o que exige formar equipas pastorais. Outros desafios importantes que estarão presentes na visita papal são as relações com o mundo muçulmano e o fenómeno de alguns grupos e seitas de origem cristã. Fonte: Revista «Além-Mar»

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