É preciso defender “a família fundada sobre o matrimónio” porque essa é “o pilar da sociedade e isso interessa crentes e não crentes”, afirmou esta manhã Bento XVI aos participantes da Assembleia Plenária do Conselho Pontifício para a Família, que hoje celebra 25 anos de fundação. O pontífice falou das “uniões de facto que, apesar de recusarem as obrigações do matrimónio pretendem gozar dos direitos equivalentes”, e das tentativas de “legalizar as uniões homossexuais, atribuindo a essas o direito de adopção de filhos”. “A família fundada sobre o matrimónio constitui um património da humanidade”, frisou Bento XVI, dirigindo-se a todos os Estados que, acentuou, devem ter pela família “a máxima consideração”. O Papa lembrou que “está a crescer o número de separações e de divórcios, que rompem a unidade familiar”, acentuando os “não poucos problemas” criados às crianças, “vítimas inocentes de tais situações” de instabilidade familiar. Nesse sentido Bento XVI convida os cônjuges “a superarem as dificuldades e a manterem-se fiéis à sua vocação, recorrendo ao sustento de Deus com a oração e participando assiduamente nos sacramentos, de modo particular na Eucaristia”. Citando a sua primeira Encíclica, «Deus Caritas Est», Bento XVI sublinhou ainda que o “eros degradado em puro «sexo»” torna-se “uma simples coisa que se pode comprar e vender”, e que “na realidade encontramo-nos perante uma degradação do corpo humano” mas, releva, “graças a Deus, não poucos, e especialmente entre os jovens, vão descobrindo o valor da castidade, que aparece cada vez mais como uma garantia segura de amor autêntico”.