Bento XVI vai usar cálices de Portugal nas Missas de Lisboa, Fátima e Porto

Responsável pelas celebrações litúrgicas diz que pormenores ficarão definidos após encontros com a comitiva do Vaticano

Os cálices, patenas e píxides que Bento XVI vai usar nas missas a que presidirá em Lisboa, Porto e Fátima serão originários de Portugal. Quanto aos paramentos, “está a contar-se” que venham do Vaticano.

Em entrevista à Agência ECCLESIA, o coordenador das celebrações litúrgicas do Papa durante a visita ao país, Pe. Carlos Cabecinhas, explicou que os vasos sagrados serão escolhidos pelas dioceses que acolhem Bento XVI, “embora tenham de ser antecipadamente aprovados” pela Santa Sé.

Além da selecção dos vasos sagrados, as dioceses de Lisboa, Fátima e Porto assegurarão a escolha e a execução dos cânticos, bem como os respectivos ensaios.

As organizações locais serão igualmente responsáveis por todos os aspectos relacionados com os ritos litúrgicos das eucaristias, missão que será facilitada pelas indicações apresentadas pelo Departamento das Celebrações Pontifícias do Vaticano.

O Pe. Cabecinhas, que é igualmente responsável pelas celebrações que vão ocorrer em Fátima, afirmou que o Santuário está a fazer uma “selecção dentro daquilo que existe” no que diz respeito aos cálices, patenas e píxides que serão utilizados pelo Papa na missa de 13 de Maio.

“Há outras possibilidades que ainda estão em estudo”, adiantou o Pe. Carlos Cabecinhas, deixando em aberto a possibilidade de estarem a ser analisadas propostas de vasos sagrados a elaborar propositadamente para a eucaristia presidida por Bento XVI.

De acordo com este membro do Secretariado Nacional de Liturgia, o desenho geral dos palcos onde serão instalados os altares para as missas em Lisboa e no Porto não deverá suscitar obstáculos quanto à sua aprovação por parte do Vaticano. “Julgo que o problema não se porá em relação à concepção global, mas sim a alguns pormenores de colocação dos elementos no espaço celebrativo”, observou o sacerdote.

Muitas das questões pendentes, acrescenta, “ficarão clarificadas com a visita da delegação responsável pelas celebrações pontifícias, que estará em Portugal a 8, 9 e 10 de Março”.

A primeira etapa da preparação das missas presididas pelo Papa consistiu na definição da estrutura das celebrações. “É óbvio que os textos serão sempre os previstos na Liturgia. Fez-se uma selecção, tendo em conta a especificidade de uma celebração presidida pelo Santo Padre”, descreveu o sacerdote. A aprovação definitiva ocorrerá mais tarde.

Depois da concepção dos palcos, começou a distribuição das tarefas por todas as pessoas envolvidas nas eucaristias. Esta fase tem de estar concluída até à chegada, na próxima semana, da comitiva do Vaticano, chefiada pelo mestre das celebrações pontifícias, Mons. Guido Marini.

O responsável pelas celebrações litúrgicas do Vaticanovai estar em Portugal entre 8 e 10 de Março para visitar os locais onde vão decorrer os actos litúrgicos incluídos na viagem de Bento XVI.

O Papa celebra Missas em Lisboa (dia 11 às 18h15 no Terreiro do Paço) e no Porto (dia 14 às 10h15 na Avenida dos Aliados) e preside à Missa da Peregrinação Internacional Aniversária no dia 13, às 10h00, em Fátima.

No dia anterior, 12 de Maio, vai estar na Capelinha das Aparições (17h30) e na oração de Vésperas na Igreja da Santíssima Trindade (18h00), bem como na recitação do Rosário e Procissão de Velas (21h30), sendo a Eucaristia presidida pelo Cardeal Tarcisio Bertone, Secretário de Estado do Vaticano.

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