Bento XVI enviou uma videomensagem aos habitantes dos EUA, antecipando a sua próxima viagem ao país, na qual afirma a sua disposição de falar a todos, católicos e fiéis de outras religiões. Apesar de circunscrita a duas cidades, Washington e Nova Iorque, a visita papal quer ser uma oportunidade para “abraçar todos os católicos que vivem nos EUA”, mais de 67 milhões pessoas que representam 22,6% da população total do país. A viagem quer ser, ao mesmo tempo, “expressão de fraternidade para com todas as comunidades eclesiais”, bem como “testemunho de amizade para com todos os crentes e todos os homens de boa vontade”. Um especial destaque merecer a intervenção que Bento XVI fará na Assembleia das Nações Unidas. Também aos representantes dos povos do mundo, refere a videomensagem, o Papa levará “a mensagem da esperança cristã”. “De facto, mais do que nunca o mundo tem necessidade de esperança: esperança de paz, de justiça, de liberdade. Mas não poderá realizar esta esperança sem obedecer à lei de Deus, que Cristo levou a cumprimento no mandamento de nos amarmos uns aos outros”, adverte. Citando uma “regra de ouro da Bíblia” – Fazei aos outros o que quereis que façam a vós. Não façais o que não quereis que os outros vos façam -, Bento XVI assinala que a mesma “vale para todos, mesmo para os não crentes. É a lei escrita na consciência humana, e nesta todos nos podemos encontrar, de tal modo que o encontro das diferenças seja positivo e construtivo para toda a comunidade humana”. O Papa dirigiu aos norte-americanos “uma cordial saudação e um convite à oração”, agradecendo a todos os que estão empenhados na preparação desta viagem, em especial os que estão a “abrir o caminho” com a oração. “Caros amigos, estou-vos profundamente grato porque tenho a convicção – é a fé que no-lo ensina – que sem a força da oração, sem a íntima união com o Senhor, de bem pouco valeriam as nossas iniciativas humanas. É Deus que nos salva, e o mundo e a história – é Ele o Pastor do seu povo, e eu venho, enviado por Jesus Cristo, a trazer a sua Palavra de vida”, apontou. Recordando o tema desta viagem “Cristo, nossa esperança”, Bento XVI situa-se na esteira das anteriores visitas dos seus predecessores Paulo VI e João Paulo II. “Jesus Cristo é a esperança para os homens e as mulheres de cada língua, raça, cultura e condição social. Sim, Cristo é o rosto de Deus aparecido entre nós. É graças a Ele que a nossa vida encontra a sua plenitude e que, ao mesmo tempo, podemos formar uma família de pessoas e de povos que vivem em fraternidade, segundo o perene projecto de Deus Pai”, aponta. (Com Rádio Vaticano)