D. Carlos Azevedo, secretário da CEP, considera que Bento XVI tem sido “surpreendente” ao longo dos seus dois primeiros anos de pontificado. Este responsável destacou do actual Papa “as atitudes que tomou, as orientações que deu na Encíclica e na Exortação Apostólica, com apelos para centrar a Igreja na caridade e na Eucaristia”. Bento XVI, destacou, “dá indicações de uma intensidade de vivência espiritual e de uma implicação ética do ser cristão nos comportamentos e ao serviço daqueles que são mais pobres”. “Sabemos que hoje continua a crescer a pobreza no mundo e continuam a ser muitas as situações a que importa estar atentos”, referiu o Bispo Auxiliar de Lisboa, para quem o pontificado tem um programa “centrado na caridade”. D. Carlos Azevedo admitiu que muitos dos que inicialmente desconfiaram deste Papa “não conheciam a sua personalidade, conotando-o demasiado com o prefeito da Congregação” para a Doutrina da Fé, ignorando o seu “vigor intelectual”, que já era visível no pontificado de João Paulo II, com o qual há “continuidade”. Os Bispos portugueses recordaram segunda-feira à tarde, em Fátima, os acontecimentos festivos relacionados com a vida de Bento XVI, que se celebram por estes dias. Um telegrama foi enviado ao Papa por ocasião do seu 80.º aniversário natalícia e pelo 2.º aniversário de pontificado.