Bento XVI falou esta manhã da importância do encontro pessoal com Cristo e disse que mesmo o diálogo entre religiões deve ter em conta a centralidade de Jesus na história da salvação. Falando aos milhares de peregrinos reunidos para a audiência geral desta semana, no Vaticano, o Papa frisou que Cristo é “o cume da história salvífica e, portanto, o verdadeiro ponto distintivo no diálogo com outras religiões”. Na continuação do ciclo de catequeses que tem vindo a fazer sobre os Apóstolos, Bento XVI referiu-se hoje novamente a São Paulo, a partir do episódio da sua conversão, sublinhando que este nos ajuda a compreender o valor fundamental da fé e da componente “mística” da vida cristã, que tende à identificação com Cristo. “Entre os elementos essenciais da história do Apóstolo Paulo, o seu encontro com Cristo no caminho de Damasco revolucionou literalmente a sua vida. Cristo tornou-se a sua razão de ser e a motivação profunda de todo o seu trabalho apostólico”, referiu. “Paulo ajuda-nos antes de mais a compreender o valor fundamental e insubstituível da fé”, acrescentou, frisando que “ninguém pode chegar à salvação pelos seus próprios meios, mas apenas através da graça de Deus, que nos chega através da redenção de Jesus Cristo”. Neste contexto, o Papa explicou que “ser justificados significa ser tornados justos pela graça de Deus e entrar em comunhão com Ele, a fim de poder estabelecer uma relação mais autêntica com todos, e isso tendo como base um perdão total dos nossos pecados”. “Outro aspecto importante da fé é que, para o cristão, não basta ser crente e baptizado, importa ser também estar ‘em Cristo Jesus’. Trata-se de uma mútua compenetração com Ele, que leva a viver na própria carne a sua vida, morte e ressurreição”, assinalou.