Cidade do Vaticano, 14 fev 2014 (Ecclesia) – O secretário particular de Bento XVI, D. Georg Gaenswein, disse hoje à Rádio Vaticano que o Papa emérito vive com “serenidade”, um ano após ter apresentado a renúncia ao pontificado.
“O 11 de fevereiro deste ano foi um dia como todos os outros: o Papa emérito celebrou Missa de manhã, recitou o breviário, tomou o pequeno-almoço e assim por diante. Claro que nesse dia se falou também do 11 de fevereiro de 2013, que foi um dia histórico e inesquecível para todos os que o viveram”, declarou o atual prefeito da Casa Pontifícia, organismo da Santa Sé.
O arcebispo alemão sublinhou que Bento XVI vive “com a serenidade que lhe é própria, a mesma de quando renunciou ao pontificado.
“Sabemos que ele renunciou porque se sentia debilitado fisicamente e a Igreja precisava de um Papa com mais vigor. Aquele foi um ato corajoso e revolucionário, um ato de grande humildade, um ato de amor para com o Senhor e a Igreja, que produziria frutos para o futuro”, prosseguiu.
D. Georg Gaenswein lamentou as especulações que surgiram à volta desta decisão do Papa emérito e destacou que Bento XVI assumiu um “modo de vida que ele mesmo escolheu, rezando pela Igreja e pelo seu sucessor”, numa “relação de grande e amizade e estima” com Francisco.
O secretário particular de Bento XVI assinala que este não pode responder a todos os pedidos de encontros por causa da sua condição física, saudando a “solidariedade, amor e afeto demonstrados pelos fiéis do mundo inteiro”.
“O Papa Bento vive escondido, discreto, mas não isolado; muitas vezes a discrição e a reserva são confundidas com o estar isolado, mas isso não é verdade, de todo”, acrescentou.
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