Na catequese o Papa apelou a uma contemplação de Deus que conduza ao diálogo de reconciliação e de paz Bento XVI manifestou hoje a sua proximidade à população chinesa atingida pelo terramoto na passada Segunda-feira, dia 12. Numa altura em que o balanço de vítimas mortais do terramoto aponta para 12 mil pessoas, as autoridades locais indicam que a situação é pior do que se esperava, uma vez que este número de mortos poderá subir para 20 mil. “O meu pensamento está neste momento com a população de Sichuan e da província limítrofe na China, duramente atingida pelo terramoto, que causou graves perdas humanas, numerosos desalojados e danos incalculáveis”. O Papa manifestou a sua proximidade a todas as pessoas atingidas pela “devastadora calamidade”. E convidou todos a unirem-se na oração para “pedir a Deus alívio para todos quantos sofrem e apoio para todos quantos estão empenhados nas operações de socorro”. Na audiência geral das Quartas-feiras, Bento XVI centrou a catequese na necessidade de uma maior contemplação de Deus, lembrando para isso Dionísio, o Areopagita, discípulo de São Paulo, cujas principais obras «Os Nomes Divinos» e «Teologia Mística» “conduzem a um conhecimento de Deus que ultrapassa compreensão racional, culminando numa perfeição espiritual e numa contemplação transformadora”. Bento XVI apontou que a contemplação de Deus e a reflexão nas escrituras conduz o homem ao que “está escondido, ao crescimento na relação com aquele que se revela na escuridão. A contemplação conduz a uma purificação, a uma perfeição e união a Deus”. O Papa lembrou que os escritos de Dionísio influenciaram os primeiros escolásticos no Ocidente, assim como São Tomás, Santa Teresa de Ávila e São João da Cruz. Bento XVI indicou que esta harmonia “que reflecte a beleza do Criador e o amor livre”, podem inspirar “os nossos esforços de unidade, reconciliação e paz para o mundo e ajudar-nos a entrar em diálogo com as novas culturas”.