Guilherme d’Oliveira Martins fala em decisão «profética»
Lisboa, 07 fev 2014 (Ecclesia) – O presidente do Centro Nacional de Cultura, Guilherme d’Oliveira Martins acredita que a decisão da renúncia de Bento XVI foi “profética” ao permitir “uma evolução positiva no corpo místico e na instituição eclesial”.
Bento XVI “abriu um capítulo novo na história da Igreja Católica” e um ano depois da sua renúncia essa decisão revela-se “profética e tem permitido uma evolução positiva no corpo místico e na instituição eclesial”, escreve Guilherme d’Oliveira Martins num artigo de opinião publicado no Semanário ECCLESIA desta quinta-feira.
“Ao ter aberto a porta para a eleição do Papa Francisco, Bento XVI contribuiu com o seu gesto para afirmar a todas as pessoas de boa vontade, cristãos e não cristãos, que a Igreja Católica estava apta a não se deixar aprisionar por alguns sinais preocupantes, que se agravariam se não houvesse uma determinação renovadora”, acrescenta.
Na opinião do presidente do Centro Nacional de Cultura, Bento XVI compreendeu que era indispensável “pôr a Barca da Igreja a salvo de algumas ameaças graves que exigiam o ministério de um com energia e capacidade de ação suscetíveis de reforçar o caminho de consolidação e de renovação do Povo de Deus”.
“A decisão não teve paralelo em momentos anteriores, uma vez que se tratou de uma opção ponderada e voluntária, que pretendeu abrir caminho à renovação na vida da Igreja, procurando garantir o exercício de um novo pontificado nas melhores condições físicas e psíquicas para o Papa”.
Guilherme d’Oliveira Martins recorda ainda as encíclicas escritas pelo Papa emérito como “uma lufada de ar fresco na resposta aos desafios do mundo contemporâneo, a partir da fé e da razão, da esperança e da caridade, e de uma resposta assente na verdade e na justiça relativamente aos efeitos da crise financeira”.
O semanário ECCLESIA publicado esta quinta-feira é dedicado ao primeiro ano depois da renúncia de Bento XVI ao seu pontificado, data que se assinala na próxima terça-feira.
MD