Bento XVI: Religiões juntas pela paz

Mensagem do Papa para encontro internacional que decorre em Munique

Cidade do Vaticano, 12 set 2011 (Ecclesia) – Bento XVI enviou uma mensagem aos participantes no encontro inter-religioso de oração pela paz, que decorre até terça-feira em Munique, Alemanha, sublinhando que esta é um “mandato permanente”.

No documento hoje divulgado pelo Vaticano, o Papa alude a eventos dos últimos anos que mostram, segundo o próprio, que a paz é “um dom a invocar”.

A mensagem foi lida na cidade alemã durante a cerimónia de evocação das vítimas dos atentados de 11 de setembro de 2001, nos Estados Unidos da América, integrada no encontro ‘Destinados a viver juntos. Religiões e culturas em diálogo’, promovido pela Comunidade de Santo Egídio.

A iniciativa, que reúne representantes de várias religiões e da sociedade civil, procura reviver o “espírito de Assis”, quando vários líderes religiosos se reuniram na cidade de São Francisco, a 27 de outubro de 1986, por iniciativa de João Paulo II (1920-2005).

Bento XVI refere que “atos terríveis de violência e terrorismo” têm “sufocado repetidamente a esperança da convivência pacífica da família humana no alvorecer do terceiro milénio”.

“Que o encontro pela paz de Munique e os colóquios que aí têm lugar possam contribuir para a compreensão e a convivência recíprocas, preparando assim um caminho sempre novo para a paz, no nosso tempo”, indica.

Na mensagem, Bento XVI recorda que o encontro pela paz deste ano decorre a poucas semanas da sua viagem à Alemanha [22 a 25 de setembro] e nas vésperas do 25.º aniversário do encontro de Assis.

Mais à frente, o Papa alude ao tema do encontro, advertindo que “o viver juntos pode transformar-se num viver uns contra os outros, pode tornar-se um inferno”, mas diz também que “abrir-se aos outros, oferecer-se aos outros pode ser um dom”.

As religiões, assinalam, têm neste contexto um papel “essencial” como “força de paz”, evitando as “distorções práticas da imagem de Deus, que levaram à destruição da paz”.

“Todos nós somos chamados a deixar que o Deus divino nos purifique, para nos tornarmos homens de paz”, conclui.

A comunidade católica de Santo Egídio, com sede em Roma, tem promovido, ao longo dos últimos 25 anos, uma “peregrinação de diálogo e de paz” em várias cidades europeias e do Mediterrâneo, incluindo Lisboa, em 2000.

OC

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