O Papa recebeu esta Quinta-feira o primeiro representante diplomático dos Emiratos Árabes Unidos na Santa Sé, a embaixadora Hissa Abdulla Ahmed Al-Otaiba.
A sensibilidade que o país tem manifestado em relação à liberdade religiosa dos católicos mereceu o aplauso de Bento XVI, que mencionou o facto de haver várias igrejas construídas em terrenos doados pelas autoridades públicas.
“A liberdade de culto contribui de modo significativo ao bem comum e traz harmonia a todas as sociedades onde é praticada”, afirmou o Papa.
Na cerimónia de apresentação das cartas credenciais, Bento XVI sublinhou que a diplomacia da Santa Sé e a missão da Igreja católica ao serviço da comunidade internacional é motivada pelo “amor de Deus e o respeito da dignidade do próximo”.
“A acção da Igreja no campo das relações diplomáticas – salientou o Papa – promove a paz, os direitos humanos e o desenvolvimento integral”, e por isso esforça-se pelo progresso de todos, “sem distinção de raça, cor ou crença”.
Bento XVI assinalou que os Emiratos Árabes Unidos experimentaram um significativo crescimento económico nos últimos anos”, proporcionando o acolhimento a “centenas de milhares de estrangeiros”.
No seu discurso, o Papa sublinhou que a abertura do país aos imigrantes “requer esforços constantes para fortalecer as condições necessárias para a coexistência pacífica e o progresso social”.
Depois de expressar o desejo de que a cooperação entre os dois Estados aumente, Bento XVI assegurou à embaixadora que os católicos que vivem nos Emiratos Árabes Unidos desejam contribuir para o “bem-estar” da nação.
Com uma superfície pouco menor do que Portugal, o país tem perto de 5 milhões de habitantes, cuja maioria (96%) é muçulmana.