Bento XVI recebeu Presidente da Autoridade Palestina

Papa pede solução justa e duradoura para o conflito israelo-palestino

O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Abu Mazen (Mahmoud Abbas), foi recebido esta Quinta-feira por Bento XVI, no Vaticano.

Segundo comunicado da Santa Sé, depois de o Papa ter recordado a sua viagem à Terra Santa, em Maio passado, houve um diálogo sobre a situação no Médio Oriente e, em especial, sobre a necessidade de encontrar uma “solução justa e duradoura” para o conflito israelo-palestino, em que “os direitos de todos sejam reconhecidos e respeitados”.

A propósito, ambos destacaram a importância da cooperação e do respeito mútuo entre as partes envolvidas e do apoio da comunidade internacional.

No encontro foi feita também uma referência à situação dos católicos na Palestina e, mais em geral, na região, e à sua contribuição para a vida social e a convivência entre os povos.

Depois de ser recebido pelo Papa, Abu Mazen encontrou-se com o Secretário de Estado, Cardeal Tarcisio Bertone, e com o Secretário para as Relações com os Estados, D. Dominique Mamberti. Mazen já tinha estado no Vaticano em Dezembro de 2005.

O Papa visitou a cidade de Belém no passado dia 13 de Maio, onde condenou o muro da Cisjordânia e reconheceu o direito de israelitas e palestinos a viverem “em paz e com dignidade”, considerando que “os esforços diplomáticos só poderão ter sucesso” se os dois povos estiverem dispostos a “romper o círculo das agressões”.

Neste local simbólico, Bento XVI deixou palavras de proximidade e compreensão aos palestinos que vivem nos campos de refugiados, “em condições precárias e difíceis, com poucas oportunidades de emprego” e “legítimas aspirações a uma pátria permanente, a um Estado palestino independente”.

Segundo o Papa, a “solução a longo prazo para um conflito como este não pode deixar de ser política”.

Mahmoud Abbas deixou, por seu lado, uma “mensagem de paz” a Israel, através de Bento XVI, antes de pedir que os israelitas renunciem “à ocupação, à colonização, às prisões e às humilhações” que infligem aos palestinos.

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