Bento XVI reafirma condenação do Holocausto

Papa esclarece polémicas surgidas após levantamento das excomunhões a Bispos lefebvrianos Bento XVI reafirmou esta Quarta-feira, no Vaticano, a sua clara condenação do Holocausto, considerando que este acontecimento trágico deve ser para todos “um alerta contra o esquecimento, a negação ou o reducionismo”. O Papa quis “renovar com afecto a expressão da minha plena e indiscutível solidariedade com os nossos irmãos destinatários da primeira Aliança”, o povo judaico. A intervenção de Bento XVI procurou esclarecer as polémicas surgidas nos últimos dias por causa do levantamento das excomunhões a quatro Bispos lefebvrianos, entre os quais Richard Williamson, que em Novembro apresentara teses negacionistas, na televisão sueca, a título pessoal. “Nestes dias, em que recordamos a Shoah, vêm à minha memória as imagens das minhas repetidas visitas a Auschwitz, um dos lugares em que se consumou o massacre cruel de milhões de judeus, vítimas inocentes de um ódio cego, racial e religioso”, disse na audiência geral desta semana. “Desejo que a memória da Shoah leve a humanidade a reflectir sobre o imprevisível poder do mal, quando conquista o coração do homem”, alertou. “A violência feita contra um só homem é violência feita contra todos”, afirmou ainda, precisando que “a Shoah mostra em especial, às velhas e novas gerações, que só o caminho do diálogo e da escuta, do amor e do perdão, conduz povos, culturas e religiões do mundo à desejada fraternidade e paz na verdade”. “Que nunca mais a violência humilhe a dignidade do homem”, concluiu, numa intervenção sublinhada por uma longa salva de palmas pelos presentes.

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