Bento XVI preocupa-se em falar para «os seus piores ouvintes»

Pacheco Pereira diz que uma das prioridade do Papa são os pensadores e criadores

“Este Papa preocupa-se sempre por falar numa linguagem da modernidade para as pessoas que se esforçam por pensar o mundo e por criar alguma coisa de novo”, sublinhou Pacheco Pereira à entrada do encontro de Bento XVI com o mundo da cultura, que decorreu hoje em Lisboa.

Para o deputado do PSD, a formação filosófica e teológica Joseph Ratzinger contribuiu para a prioridade que tem dedicado a “falar para os que estão de fora”, “os que têm dúvidas” e para aqueles que “muitas vezes não só não concordam com a Igreja, como têm razões para serem cépticos em relação ao seu papel”.

No entender de Pacheco Pereira, é “natural que Bento XVI queira falar para aqueles que são, num certo sentido, os seus piores ouvintes”, atitude que, no entender do colunista, distingue-se da que foi adoptada nos papados anteriores e revela “muita coragem intelectual”.

“Tenho muita curiosidade em ouvir o que o Papa diz, não tanto para as forças da cultura – que é uma má designação para este encontro – mas para as pessoas que se têm preocupado por ter uma intervenção cívica, por pensar e por criar”, concluiu.

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