Por ocasião da celebração dos 20 anos da reunificação do país, o Papa poderá visitar a Alemanha. A indicação foi dada pelo Presidente da Conferência Episcopal alemã, o Arcebispo Robert Zollitsch, a uma televisão do país. “Penso que o Papa vai visitar a Alemanha, visitar Berlin, e espero, que também a Fribourg”, afirmou o Arcebispo. “Até à visita, acredito que tudo ficará mais tranquilo, para que possamos saudá-lo com entusiasmo e alegria”, acrescentou o prelado, referindo-se à controvérsia causada pelas declarações de D. Richard Williamson, da Fraternidade São Pio X, quando negou a Shoah. Recorde-se que o Vaticano pediu uma posição “pública e inequívoca” a D. Richard Williamson sobre as suas declarações “negacionistas ou reducionistas” referentes o Holocausto. “As posições de D. Williamson sobre a Shoah são absolutamente inaceitáveis e firmemente repudiadas pelo Santo Padre”, referiu o Vaticano. O Conselho Central dos Judeus na Alemanha e a Conferência Episcopal Alemã mostraram-se satisfeitos com a posição do Vaticano. A presidente do Conselho, Charlotte Knobloch, afirmou que a reivindicação da Santa Sé é um “primeiro passo” para o reinício do diálogo com a Igreja Católica. Para Knobloch, a atitude do Vaticano foi um “sinal positivo”, que era “esperado há muito tempo”. D. Robert Zollitsch, disse que a medida mostrou que “não há lugar para o Holocausto na Igreja Católica”. “O Vaticano deixou claro que condena toda forma de anti-semitismo”, afirmou.