Bento XVI pede medidas para proteger o emprego

Papa recebeu bispos de Itália reunidos em assembleia plenária e referiu-se à pedofilia e ao compromisso com a educação

Bento XVI pediu esta Quinta-feira aos responsáveis públicos e empresários que façam “todos os possíveis” para atenuar os efeitos da crise de emprego.

Ao receber os bispos italianos reunidos em assembleia plenária, o Papa afirmou que a instabilidade financeira é sinal de uma “crise cultural e espiritual muito mais séria do que a crise económica” e que é “ilusório” corrigir uma ignorando a outra.

A Igreja defende “o bem comum que nos conduz a partilhar os recursos económicos e intelectuais, morais e espirituais”, para enfrentar em conjunto, “numa atmosfera de reciprocidade, os problemas e desafios do país”, disse Bento XVI.

O Governo italiano aprovou esta Terça-feira medidas de austeridade para 2011 e 2012, com o objectivo de sanear as finanças públicas e dar confiança aos mercados.

O Papa referiu-se também aos abusos sexuais de menores, tendo afirmado que é preciso equilibrar o perdão com a “necessidade da justiça” e partir da “humilde e dolorosa admissão” dos pecados de “alguns” dos membros da Igreja para “promover a renovação interior” dos padres.

Referindo-se à opção tomada pela Conferência Episcopal Italiana de assumir a educação como tema principal para os próximos dez anos, Bento XVI sublinhou a dificuldade de concretizar esse objectivo diante de “pais, professores, catequistas e sacerdotes” inclinados a “enfraquecer” o compromisso com a educação.

Na alocução, Bento XVI apelou aos bispos para fazerem despertar uma “paixão educativa” que não se reduza a “uma didáctica”, a um “conjunto de técnicas” e à “transmissão de princípios áridos”.

“Educar – acrescentou – é formar as novas gerações para que saibam entrar em relação com o mundo dotadas de uma “verdadeira sabedoria que, reconhecendo o fim transcendente da vida, orienta o pensamento, os afectos e as decisões”.

Com Agências

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Agência ECCLESIA

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