Bento XVI pede libertação de duas religiosas raptadas no Quénia

Papa lembra todos os sequestrados na América Latina, Médio Oriente e África Bento XVI lembrou esta Sexta-feira os sequestrados de todo o mundo, lembrando em particular duas religiosas italianas raptadas no Quénia, durante a noite de 9 para 10 de Novembro, alegadamente por um grupo somali. “O meu pensamento vai, entre outros, para as duas consagradas italianas Maria Teresa Olivero e Catarina Giraudo, pertencentes ao Movimento contemplativo missionário Padre de Foucauld, sequestradas há mais de um mês e meio, juntamente com um grupo de colaboradores locais, na aldeia de El Waq, Norte do Quénia. Desejaria que neste momento sentissem a solidariedade do Papa e da Igreja inteira”, disse o Papa após a recitação do Angelus na festa litúrgica de Santo Estêvão, perante milhares de fiéis reunidos na Praça de São Pedro. Nesta quadra natalícia, frisou, é “mais forte a preocupação por todos aqueles que se encontram em situações de sofrimento e de grave dificuldade”. “O Senhor, que nascendo veio trazer-nos o dom do seu amor, toque os corações dos raptores e permita quanto antes que estas nossas irmãs sejam libertadas para poderem retomar o seu serviço desinteressado aos irmãos mais pobres” pediu. Bento XVI lembrou também todos os sequestros de pessoas noutras partes do mundo, “dos quais nem sempre se possuem notícias claras: penso nas pessoas sequestradas, tanto por motivos políticos como por outros motivos na América Latina, no Médio Oriente, na África”. “A nossa oração solidária seja neste momento para eles todos de ajuda íntima e espiritual”, prosseguiu. Em finais de Novembro, a sala de imprensa da Santa Sé publicara um apelo em favor da libertação das religiosas italianas Maria Teresa Olivero (de 61 anos) e Caterina Giraudo (67 anos), revelando que “o prolongamento deste sequestro é seguido com preocupação pelo Santo Padre, que está próximo com a oração do sofrimento não só das duas religiosas raptadas, mas também dos familiares e do movimento contemplativo missionário Padre de Foucauld, a que pertencem”. Ambas desapareceram quando um grupo de homens armados entrou na localidade de El Waq, junto da fronteira com a Somália. De momento, as duas irmãs permanecem nas mãos dos seus raptores, que se julga serem somalis. As negociações em curso têm-se revestido de grande secretismo, por causa da delicadeza da situação. O governo italiano já manifestou a sua oposição a qualquer intervenção militar destinada a libertar as duas religiosas deste país. Acredita-se que as duas italianas tenham sido transferidas para Garbahaarey, uma localidade da Somália a 175 quilómetros do lugar onde ocorreu o sequestro. As religiosas trabalham no Quénia há 25 anos, administrando um pequeno ambulatório e uma casa de acolhimento de doentes de tuberculose, de epilepsia, de mães e crianças desnutridas e pessoas com deficiências. Santo Estêvão e São Paulo Neste dia 26, festa de Santo Estêvão, feriado na Itália, Bento XVI indicou como modelo a todos os cristãos o primeiro mártir da Igreja, Estêvão, um jovem cheio de fé e de Espírito Santo como no-lo descrevem os Actos dos Apóstolos, o qual, juntamente com outros seis foi ordenado diácono na primeira comunidade de Jerusalém e que por causa da sua pregação ardente e corajosa foi preso e lapidado. “Aqui aparece pela primeira vez – salientou o Papa – São Paulo, com o seu nome judaico de Saulo, na veste de zeloso perseguidor da Igreja, aquilo que então era por ele sentido como um dever e um motivo de orgulho”. O Papa recordou depois quanto o martírio de Estêvão tocou o futuro Apostolo dos Gentios, tanto que a posteriori se poderá dizer que o testemunho de Estêvão foi decisivo para a sua conversão. De facto foi pouco tempo depois do martírio de Estêvão que Saulo, sempre levado pelo zelo contra os cristãos, se deslocou a Damasco para prender aqueles que ali teria encontrado. E quando se aproximava da cidade aconteceu a sua fulguração, aquela experiência singular na qual Jesus ressuscitado lhe apareceu, lhe falou e lhe mudou a vida. A concluir, Bento XVI salientou que em Santo Estêvão vemos realizar-se os primeiros frutos da salvação que o Natal de Cristo trouxe à humanidade: a vitória da vida sobre a morte, do amor sobre o ódio, da luz da verdade sobre as trevas da mentira. (Com Rádio Vaticano)

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