O Papa deixou hoje um apelo em favor das pessoas sequestradas na Colômbia e pediu que sejam devolvidas a suas famílias, para acabar com este “flagelo”. Perante o novo embaixador deste país sul-americano junto da Santa Sé, Bento XVi pediu também que se façam todos os possíveis para “pacificar a Colômbia”, onde um grande conflito interno “provocou uma crise humanitária”, com milhares de deslocados internos. “É meu forte desejo que o seu país acabe com este cruel flagelo dos sequestros, que atentam gravemente contra a dignidade e os direitos das pessoas”, disse Bento XVI ao embaixador Juan Gomez Martinez, recebido para a apresentação de cartas credenciais. O Papa assegurou que acompanha “com a sua oração “os que estão injustamente privados da liberdade” e expressou proximidade aos seus familiares, “confiando numa libertação imediata”. Bento XVI deixou ainda votos de que se procurem “a paz e a reconciliação, juntamente com o esforço de apoiar o progresso e as instituições democráticas mais sólidas”. O discurso papal lembrou também “as vítimas da violência no país” e reiterou as “preocupações” da Igreja relativamente a “algumas questões fundamentais e delicadas como a transmissão e a defesa da vida, a doença, a identidade da família e o respeito do casamento”. Juan Gomez Martinez sublinhou os esforços da Igreja Católica em favor da reconciliação nacional, facto recebido com agrado por Bento XVI. “As numerosas instituições que se dedicam à caridade, seguindo os projectos pastorais da Conferência Episcopal e das dioceses, são chamadas a prestar assistência humanitária aos mais necessitados, em especial os deslocados”, concluiu o Papa.