Bento XVI pede esperança contra a crise vocacional

Diminuição do número de padres e envelhecimento do clero não escondem «vitalidade missionária» da Igreja Bento XVI admitiu esta manhã que a Igreja vive uma crise vocacional, com consequências de diminuição e envelhecimento do clero nas dioceses que, noutros tempos, enviavam missionários para regiões longínquas. Perante a “crise vocacional difusa”, Bento XVI indicou que, se “não podemos ignorar os problemas e as sombras”, é necessário “dirigir o olhar para o futuro com confiança, conferindo uma renovada e mais autentica identidade aos missionários ‘fidei donum’ num contexto mundial sem dúvida diferente em relação aos anos 50 do século passado”. O Papa falava ao receber, no Vaticano, os participantes no Congresso Mundial dos Missionários Fidei Donum e o Conselho Superior das Obras Missionários Pontifícias. Os missionários Fidei Donum nascem depois da Carta Encílica que Pio XII enviou aos Bispos de todo o mundo no dia 21 de Abril de 1957, com o pedido inédito de colocar alguns padres das Dioceses ao serviço dos Bispos de África, por um período limitado de tempo. Uma nova corrente missionária foi assim criada, levando milhares de padres diocesanos a partir em missão, para países longínquos, dinamismo que se viria a alargar a religiosos e leigos. Cinco décadas depois, Bento XVI refere que “são também muitos os sinais de esperança que em todas as partes do mundo testemunham uma encorajadora vitalidade missionária do povo cristão”. “O Senhor da messe não deixará faltar operários, se com confiança e insistência lhe pedirmos na oração e na escuta dócil da sua palavra e dos seus ensinamentos”, referiu. Também por ocasião do 50º aniversário da “Fidei Donum”, o Secretario de Estado do Vaticano, Cardeal Tarcisio Bertone enviou uma carta ao cardeal Ivan Dias, sublinhando que “a práxis das Igrejas particulares de enviar padres e leigos diocesanos para outras Igrejas para a missão ad gentes, para a nova evangelização ou simplesmente para ir ao encontro das necessidades de pessoal e de meios das Igrejas mais pobres, é já uma modalidade que com o tempo poderia tornar-se a norma da co-responsabilidade missionária”. O Arcebispo Henryk Hoser, Secretário adjunto da Congregação para a Evangelização dos Povos e Presidente das Obras Missionárias Pontifícias abriu no dia 3 de Maio os trabalhos da Assembleia Geral anual das OMP. O evento prossegue até 8 de Maio, dia em que terá início o Congresso Internacional por ocasião dos 50 anos da publicação da Encíclica sobre “Fidei Donum”, intitulado “Todas as Igrejas para todo o mundo”.

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