No encerramento do Seminário de estudos do Conselho Pontifício para os Leigos Esta manhã, (17 de Maio), Bento XVI realçou que “os movimentos eclesiais e as novas comunidades não são um problema ou um risco a mais, somado aos nossos encargos já de si pesados! Não!. São um dom do Senhor, um precioso recurso para enriquecer com os seus carismas toda a comunidade cristã”. Afirmação feita aos cerca de cem bispos que participaram num seminário de estudos, promovido pelo Conselho Pontifício para os Leigos sobre os novos movimentos e comunidades eclesiais. O papa exortou também os prelados para irem ao encontro dos Movimentos e das novas comunidades “com muito amor”, para “conhecer convenientemente a sua realidade, sem impressões superficiais nem juízos redutores”. E acrescenta: “dificuldades e incompreensões sobre aspectos particulares não autorizam uma atitude de falta de abertura” Como critério de autenticidade dos novos carismas, Bento XVI indicou a sua “disponibilidade a submeterem-se ao discernimento da autoridade eclesiástica”. A quem toca a responsabilidade de discernir os carismas Bento XVI deixou recomendações muito concretas: “Quem está chamado a um serviço de discernimento e de guia não tenha a pretensão de se colocar acima dos carismas. Ao contrário, preserve-se do risco de os sufocar e resista à tentação de uniformizar aquilo que o Espírito Santo quis multiforme, para concorrer à edificação do único Corpo de Cristo, que o próprio Espírito torna firme na unidade”. E completa: “Se forem necessárias intervenções de correcção, sejam mesmo aí expressão desse muito amor”, até porque, se é verdade que “os movimentos e as novas comunidades são ciosas da sua liberdade associativa e da fidelidade ao seu carisma”, por outro lado estes “têm também demonstrado saber bem que a comunhão eclesial (de que os Bispos, unidos ao Papa, são ministros, defensores e guias) constitui uma garantia de fidelidade e liberdade, não uma limitação”. O encontro foi promovido pelo Pontifício Conselho para os Leigos, em Rocca di Papa, perto de Roma, sob a presidência do Cardeal Stanislaw Rilko. Os trabalhos foram inaugurados com a celebração da Eucaristia, presidida pelo Cardeal Secretário de Estado, Tarcísio Bertone.