Bento XVI: Livro fala sobre «o virtuosismo simples de Joseph Ratzinger»

Escritor e jornalista italiano Andrea Monda traça perfil do Papa alemão, que se prepara para cumprir 85 anos de idade e 7 de Pontificado

Lisboa, 13 abr 2012 (Ecclesia) – No âmbito da comemoração dos 85 anos do Papa Bento XVI, marcada para a próxima segunda-feira, o escritor e jornalista Andrea Monda lançou um livro intitulado “Bendita humildade: o virtuosismo simples de Joseph Ratzinger”.

Em entrevista à Rádio Vaticano, o autor italiano sublinha que a publicação pretende desvendar ao público “o mistério de um homem” que assumiu há sete anos o lugar mais alto da hierarquia católica.

Para Andrea Monda, o Pontificado de Bento XVI tem assentado sobretudo na “humildade”, uma “virtude” que ficou demonstrada desde o momento da apresentação do novo Papa ao mundo, a 19 de abril de 2005.

Nessa altura, Joseph Ratzinger “definiu a sua missão a partir daquilo que Paulo VI lhe havia dito quando o nomeara bispo, ou seja, apresentou-se como humilde e simples trabalhador na vinha do Senhor”, recorda o escritor.

Ao longo do desenvolvimento do perfil do Papa alemão, Monda fala também de “um homem que tem uma forte e intensa espiritualidade”, algo que “muitas vezes não é evidenciado pelos meios de comunicação social”.

“Bento XVI procura reconduzir o Homem à sua primeira verdade, ou seja, que o homem é criatura e, por isso, se deve confiar a um Criador, a alguém maior que ele”, salienta.

Estas duas qualidades, humildade e espiritualidade, dão corpo a um Papa que, segundo o jornalista, “é ao mesmo tempo doce mas também muito firme na defesa da fé e do anúncio da própria fé”.

“A humildade é uma virtude paradoxal, porque significa mansidão, doçura, gentileza, mas também firmeza, no sentido de coragem. A meu ver, somente um homem humilde pode ser corajoso”, aponta.

O novo livro sobre Bento XVI, apresentado esta quarta-feira no Centro Cultural São Roberto Belarmino, em Roma, define ainda o Papa como o “grande cantor da alegria”.

“Se as pessoas olharem para a linguagem e os discursos do Papa, provavelmente a palavra alegria será a mais utilizada”, aponta Andrea Monda.

RV/JCP

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