Papa defende «realismo sóbrio» no acolhimento a novas tendências
Na audiência desta Quarta-feira, Bento XVI observou que as utopias “espiritualistas” repetem-se sempre que se defende que a Igreja está em declínio.
“Depois do Concílio Vaticano II, algumas pessoas estavam convencidas de que tudo é novo, de que existe outra Igreja, que a Igreja pré-conciliar tinha terminado, e que haveria outra, totalmente diferente”, observou Bento XVI.
O Papa recordou que Paulo VI e João Paulo II “defenderam, por um lado, a novidade do Concílio e, ao mesmo tempo, a unicidade e a continuidade da Igreja”
Bento XVI assinalou que as obras de São Boaventura – a quem foi dedicada a audiência desta Quarta-feira – ensinam a Igreja a abrir-se às novas tendências espirituais e pastorais dados por Cristo.
Durante a audiência, o Papa lembrou as vítimas do terramoto na Turquia e a violência na Nigéria.
“Estou profundamente próximo das pessoas atingidas pelo recente terramoto na Turquia e das suas famílias.”
“A cada um – disse – asseguro a minha oração, enquanto peço à comunidade internacional que dê o seu contributo com prontidão e generosidade, nos socorros.”
Bento XVI manifestou depois os pêsames pelas vítimas da violência na Nigéria, que incluem crianças indefesas.
“Uma vez mais repito com espírito angustiado que a violência não resolve os conflitos, mas apenas aumenta as trágicas consequências.”
O Papa saudou os desenvolvimentos da situação na Irlanda do Norte, que considerou serem “um sinal prometedor de esperança”.
A primeira parte da audiência teve lugar na Basílica de S. Pedro, onde Bento XVI saudou os participantes na peregrinação da Fundação Don Carlo Gnocchi para agradecer a beatificação do fundador, ocorrida na cidade italiana de Milão a 25 de Outubro de 2009.
Com Rádio Vaticano