Bento XVI visitou, durante breves momentos, o mausóleu de Mustafá Kemal Ataturk (1181-1938), “pai dos turcos” e fundador da República laica, criada em 1923. O Papa já afirmou que a Turquia é “uma ponte” entre a democracia e o Islão. O modelo turco elimina totalmente a religião do âmbito público autónomo, sujeitando-a do ponto de vista organizativo ao controlo do Estado. Uma coroa de flores foi depositada junto do túmulo de Ataturk, onde Bento XVI se recolheu num momento de silêncio. Numa sala adjacente, o Papa assinou o “livro de ouro”, onde deixou uma frase relativa à visita, tal como fizera João Paulo II em 1979. Bento XVI copiou a frase de uma folha que lhe foi entregue pelo seu secretário pessoal. Citando Ataurk, Bento XVI escreveu “paz na Pátria, paz no mundo”, considerando a Turquia como “um ponto de encontro”. “Nesta terra, cruzamento de caminhos das diferentes culturas e religiões e ponte entre Ásia e Europa, faço minhas as palavras do fundador da República turca, Ataturk, para expressar meu desejo: «Paz na pátria, paz no mundo»”, indicou o Papa, em inglês.