Bento XVI manifestou a sua tristeza pelo falecimento do Cardeal Giuseppe Caprio, que se destacou no Vaticano enquanto colaborador de cinco Papas. O Cardeal italiano, falecido a 15 de Outubro quando estava prestes a completar 91 anos, era titular da Igreja da Santa Maria della Vittoria, Grande Mestre emérito da Ordem Equestre do Santo Sepulcro de Jerusalém e presidente emérito da Prefeitura para os Assuntos Económicos da Santa Sé. Esta manhã, na Missa exequial celebrada na Basílica de São Pedro, o Papa convidou à “confiança serena” em Jesus Cristo, nesta hora de despedida. “No final da jornada terrena, a alma recolhe-se numa espera de íntima e comovida gratidão, reconhecendo todas as coisas como um dom e preparando-se para o abraço definitivo com o Deus-Amor”, afirmou. Lembrando o Cardeal Caprio como “um irmão que procurou servir fielmente a Igreja”, Bento XVI agradeceu pelo seu serviço diplomático, que o fez passar por vários países, sobretudo da Ásia. O Cardeal esteve mesmo em prisão domiciliária, em 1951, na Nunciatura Apostólica da China e foi obrigado a deixar o país quando os dois Estados cortaram relações diplomáticas nesse mesmo ano. Com o Sínodo dos Bispos e o Ano da Eucaristia como pano de fundo, o Papa assegurou que foi da Eucaristia que o Cardeal Caprio “tirou a energia espiritual para aceitar, dia após dia, a missão que lhe era confiada pelos seus superiores, cumprindo-a com amor, até ao fim”. Bento XVI destacou o “visão de conjunto dos problemas da Igreja” que este Cardeal revelou ao longo da sua vida. O Papa concluiu saudando “a última viagem rumo ao Oriente, isto é, a Cristo” do Cardeal Caprio.