Bento XVI enviou hoje um telegrama de felicitações ao novo presidente da Itália, Giorgio Napolitano, no qual faz votos de que “possa exercer com bom êxito a sua alta missão”. O Papa deseja que Napolitano prossiga a sua nova tarefa “no sulco dos autênticos valores humanos e cristãos que constituem o admirável património do povo italiano”. A mensagem invoca ainda para o presidente italiano “a constante assistência divina para uma iluminada e eficaz acção de promoção do bem comum”. O ex-comunista Giorgio Napolitano foi ontem eleito presidente da república italiana, sucedendo no cargo a Carlo Azeglio Ciampi. Napolitano, 81 anos, candidato da União da esquerda italiana, foi presidente da Câmara dos deputados e ministro do Interior. As relações entre o Vaticano e Itália normalizaram-se durante o pontificado de João Paulo II. No dia 14 de Novembro de 2002, o Papa polaco visitou o parlamento italiano, algo que nenhum chefe da Igreja Católica fazia há 150 anos. A revisão dos acordos de Latrão, em 1984, abandonou a definição da Igreja Católica como “única religião do Estado”, mas sublinha esta relação especial. A Concordata de 1984, de facto, prevê a colaboração entre a Igreja Católica e a República da Itália “para a promoção do homem e o bem do país”.