Bento XVI entra na Mesquita Azul

Bento XVI entrou hoje na chamada Mesquita Azul, a maior de Istambul, depois de ter visitado o Museu de Santa Sofia. Esta é a segunda vez que um Papa entra num local de culto islâmico, depois de João Paulo II ter entrado na Mesquita “Omayylde” de Damasco (Síria), em Maio de 2001. À entrada, em sinal de respeito, o Papa tirou os sapatos, como fazem todos os que ali entram. Esta visita foi colocada no programa à última hora, como testemunho de respeito e atenção para com o mundo islâmico. A guiar a visita estava o Grão-Mufti de Istambul. A Mesquita Azul foi construída em frente a Santa Sofia, entre 1609 e 1616, e é conhecida pelo nome do sultão Ahmet, que a mandou edificar. O nome de Mesquita Azul deve-o aos esplendorosos painéis de azulejos do século XVII. Em Santa Sofia, antiga Basílica e Mesquita, o Papa escusou-se a pronuciar qualquer discurso ou a assumir qualquer atitude de recolhimento ou oração que pudesse gerar mal-entendidos. À saída limitou-se a assinar o livro de ouro do actual Museu. Na Mesquita, durante a troca de presentes, o Papa pediu que “Deus nos ajude a encontrar, juntos, o caminho da paz e da fraternidade”. Antes disso, esteve recolhido em silêncio durante cerca de um minuto, virado para Meca. O Papa recebeu um azulejo com a representação de uma pomba e retribuiu com um quadro, no qual estavam representadas quatro pombas brancas, símbolo da paz. “Este quadro quer ser uma mensagem de fraternidade, em memória de uma visita que não esquecerei”, assegurou. “Que esta visita nos ajude a encontrar, em conjunto, as formas, os caminhos da paz para o bem da humanidade”, disse Bento XVI durante a visita.

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