Papa fala nos desafios colocados pelo relativismo e cepticismo, apelando ao debate de ideias
Bento XVI encorajou esta Sexta-feira, no Vaticano, o trabalho da imprensa católica, que convidou a ser “jornais do povo”, alertando para os desafios colocados pelo relativismo e cepticismo.
Recebendo representantes da federação dos semanários católicos italianos, o Papa pediu que estas publicações procurem “favorecer um diálogo autêntico” entre as várias partes da sociedade, “palestras de confronto e de debate leal entre opiniões diversas”.
Para Bento XVI, a “cultura dominante” do actual “areópago mediático” tem uma atitude “céptica e relativista” em relação à verdade.
Neste contexto, os órgãos de informação são chamados a “servir com coragem a verdade”, para ajudar a opinião pública a “olhar e a ler a realidade desde um ponto de vista evangélico”.
“Trata-se de apresentar as razões da fé, que, enquanto tais, vão para além de qualquer visão ideológica e têm pleno direito de cidadania no debate público”, precisou o Papa.
À imprensa de inspiração católica cabe, segundo Bento XVI, “dar voz a um ponto de vista que seja o espelho do pensamento católico em todas as questões éticas e sociais”
O Papa observou que, “ao mesmo tempo que cumprem o trabalho de informar, os jornais católicos desenvolvem um insubstituível trabalho informativo”.
Entre os presentes estavam o director do jornal «Avvenire» e da agência SIR, órgãos de informação dos bispos italianos, a quem o Papa agradeceu de modo particular.